A Parfin, plataforma de ativos digitais que conecta o mercado financeiro tradicional com o digital, fechou sua rodada seed com um aporte de US$ 1,3 milhão liderado pelo fundo americano Valor Capital Group. A rodada contou também com a participação de Alexia Ventures e Vórtx, além de investidores-anjo. Com os recursos, a startup irá investir em expandir a gama de serviços, tanto para ativos digitais, quanto para serviços financeiros, incluindo pagamentos.
Criada em 2019 por Marcos Viriato, Cristian Bohn e Alex Buelau, a Parfin chegou para resolver os principais desafios enfrentados pelos investidores institucionais ao gerenciar e operar ativos digitais. Entre eles, destacam-se o ecossistema fragmentado em múltiplos locais de negociação que dificultam a gestão e aumentam a complexidade dos controles e tornam a operação mais propensa a erro humano e riscos de segurança.
O mercado das criptomoedas, por exemplo, vem em ascensão e tem despertado o interesse de investidores institucionais. “Até recentemente, todo o movimento em cripto tem sido feito por pessoas físicas e alguns early adopters e pouco era feito por financeiras e investidores institucionais. Agora, é possível comprar criptomoedas por aplicativos e bancos começam a ofertar, tornando-se uma classe de ativos mainstream”, comenta Marcos Viriato, cofundador e CEO da Parfin.
A Parfin opera em um modelo “Crypto as a Service”, conectando as instituições tradicionais a toda a oferta de criptomoeda. “A partir daí, o banco pluga onde comprar e como armazenar, de forma estruturada em uma plataforma única, conectando-se a todo o ecossistema”, diz o executivo. Segundo o CEO, o ecossistema atual de ativos digitais tem um potencial enorme para transformar o mercado financeiro, mas esbarra ainda em ineficiências. “A adesão dos investidores institucionais está ainda no início. A movimentação de criptomoedas e ativos digitais, por ser uma operação irreversível, exige atenção e conhecimento para evitar prejuízos ao operador”, conta.
Para solucionar problemas de erros ou distrações que comprometam a segurança dos investimentos, a plataforma Parfin faz a integração por meio de APIs que unificam todos os participantes, como bolsas de negociação, custodiantes de ativos digitais e/ou bancos tradicionais, em um único lugar.
A consolidação de carteira permite que usuários visualizem, gerenciem e façam as transferências de seus ativos. O sistema de transferência de ativos permite que as operações sejam feitas de forma contínua e segura, eliminando processos manuais que levam a erros em plataformas usuais. Os ativos digitais são armazenados em carteiras digitais seguras de última geração que utilizam tecnologia MPC (Multi-party Computing), e os usuários podem acompanhar todos os seus ativos digitais e movimentos em relatórios padronizados e unificados.
Na visão de Michael Nicklas, Managing Partner da Valor Capital Group, a startup preenche um enorme gap do mercado de ativos digitais. “A ineficiência do mercado dava muito abertura à riscos de segurança e falhas. As soluções criadas pela Parfin melhoram a alocação de capital e a eficiência operacional, permitindo uma gestão unificada, com alto nível de segurança para as operações”.
“Estamos trabalhando em novas ferramentas. Hoje, nosso produto é utilizado por empresas na América Latina, muitas delas no Brasil, e na Europa. Esse é um mercado global e planejamos atender clientes no mundo todo. Em breve, disponibilizaremos mais ferramentas para a gestão e execução eficiente de ativos digitais, em especial para suportar os ativos financeiros tokenizados (STOs) e, futuramente, as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs)”, complementa Marcos.
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