O burburinho de Nova York foi preenchido com uma discussão vibrante sobre o mercado de investimento brasileiro durante o evento Inside PE/VC in Brazil. Promovido pela ABVCAP, o debate de ontem trouxe à tona as visões dos Limited Partners (LPs) e seu otimismo, juntamente com ressalvas sobre o cenário de negócios no Brasil.
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Participaram do painel Renato Weiss, principal da Lexington Partners,; Goldie Shturman, managing director da Latam Investment Funds, e Renato Abissamra, managing partner da Spectra Investments. O painel foi moderado por Alyssa Grikscheit, Partner da Sidley Austin.
O ponto de partida para o diálogo foi uma questão palpitante: uma possível alteração na estrutura tributária presidencial. Ao que tudo indica, a remoção dos chamados “30%” pode ser a chama que faltava para acender ainda mais o interesse em investimentos no país.
Com especialistas de peso no painel, não faltou experiência para abordar o tema. Entre eles, um representante do fundo de fundos “Spectrum Investments” – notável por ser o primeiro e único de sua espécie no Brasil. Através de sua abordagem diversificada, o fundo busca não apenas apostar em outros fundos de investimento, mas também mergulhar nas águas de ativos alternativos.
Mas não foi só de futuro que se falou. Um olhar retrospectivo nos últimos 30 anos do mercado brasileiro revela um panorama antes cético e com escassez de capital. Contudo, o cenário mudou. Com uma regulação mais robusta e um apetite voraz dos investidores, o Brasil floresceu. Um ponto crucial é a fortaleza do sistema bancário brasileiro. Enquanto instituições financeiras pelo mundo enfrentam crises, o Brasil se destaca com um sistema bancário robusto e bem estruturado.
O mercado também mostra sinais de evolução. Já se foram os dias dominados por empresas generalistas. O novo cenário brasileiro é pautado pela especialização, com gestores focando em situações particulares, indicando uma maturidade inegável.
Entretanto, como nem tudo são flores, o debate também trouxe à tona as complexidades inerentes ao fazer negócios no Brasil. Questões políticas, cenários macroeconômicos e nuances locais são labirintos que exigem profundo conhecimento e presença local.
O evento também ressaltou tendências emergentes, como investimentos no setor esportivo, em especial no futebol, que se torna cada vez mais estruturado e profissionalizado. Além disso, destacou-se a necessidade de adaptabilidade e inovação na indústria de private equity, apontando para um alinhamento de interesses, compreensão dos contextos locais e seleção adequada de investimentos como fatores chave para o sucesso futuro na região. Com desafios e oportunidades à vista, uma coisa é certa: o mercado brasileiro está no radar global e promete continuar sendo um tema quente nas rodas de investimento.
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