No evento “Inside PE/VC in Brazil” promovido pela ABVCAP em Nova York essa semana, os profissionais da indústria se reuniram para discutir as perspectivas para os investidores no mercado, especialmente no Brasil.
O painel sobre perspectivas dos GPs foi composto por Andre Maciel, fundador da Volpe Capital; Laura Constantini, founding partner da Astella; Priscila Rodrigues, managing partner da Crescera; Edson Peli, partner da SPX Capital, e Bruno Levi D ́Ancona, managing partner da Treecorp, com a moderação de Marina Procknor, partner da Mattos Filho.
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Apesar de 2021 ter registrado um pico de investimentos em capital de risco, este ano viu uma desaceleração notável. Contudo, uma reviravolta interessante é que empresas que antes queimavam grandes quantias de dinheiro agora encontraram equilíbrio, com muitas alcançando neutralidade ou até mesmo rentabilidade em termos de fluxo de caixa.
No volátil mundo do varejo brasileiro, as empresas que integraram soluções tecnológicas conseguiram se destacar, mostrando um crescimento substancial mesmo em meio a desafios. Enquanto isso, no setor de private equity, os participantes destacaram que há atualmente menos competição. Esta diminuição na concorrência permite maior colaboração entre os fundos, um cenário que pode ser promissor para investimentos futuros.
No entanto, a prudência continua a ser a palavra-chave. Algumas empresas estão evitando o uso excessivo de alavancagem, especialmente em face da volatilidade das taxas de juros no Brasil. E onde muitos veem desafios, outros veem oportunidades. A tecnologia, e em particular empresas de software voltadas para o setor agro, foi apontada como uma área promissora para futuros investimentos.
Já no cenário mais amplo do investimento, o foco se voltou para tecnologias disruptivas. O mercado brasileiro, com sua vasta base de consumidores, é um caldeirão de oportunidades. E as empresas que estão aproveitando ferramentas como inteligência artificial para melhorar a produtividade estão saindo na frente. Muitas empresas brasileiras, especialmente as de médio porte, encontram dificuldades para financiar seu crescimento. Aqui, o capital privado desempenha um papel vital, preenchendo lacunas deixadas por mercados públicos e um ambiente financeiro orientado a transações.
A valoração das empresas também foi um ponto quente de discussão. O mercado atual não está vendo muitos lances competitivos, o que tem sido benéfico em termos de valorações de entrada. Uma menção especial foi feita ao setor de educação, com a tele-educação surgindo como um foco principal para os próximos anos.
Empresas de tecnologia em estágios mais avançados de desenvolvimento também estavam no radar. Muitas delas, anteriormente apoiadas por investidores iniciais, estão agora buscando investimentos significativos, enquanto também aprimoram sua governança corporativa.
Além disso, não podemos esquecer a importância do futebol na sociedade brasileira. Há uma oportunidade financeira única no setor de equipes esportivas, algo que se assemelha a privatizações. Os clubes de futebol, tradicionalmente, não têm “donos” no sentido tradicional, e os investimentos são frequentemente feitos em capital primário.
Outro aspecto interessante foi a menção a um compromisso de 10 anos feito pela Treecorp de investir US$ 100 milhões. Eles estão gerenciando um clube de futebol histórico, que está passando por uma transformação significativa em sua gestão. O clube está passando por atualizações de sistema e aprimorando a gestão de jogadores.
A conversa também se inclinou para o setor educacional. Apesar do domínio do esporte no discurso popular, a educação também tem uma presença significativa no Brasil. As instituições de ensino à distância, por exemplo, têm visto um crescimento impressionante.
Apesar dos desafios presentes e futuros, o mercado brasileiro permanece cheio de oportunidades. O otimismo é palpável, e há uma crença generalizada de que os próximos anos serão promissores, especialmente para setores como tecnologia, esportes e educação.
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