Falando sobre o dinamismo na parceria entre a área da saúde e a tecnologia, o Senior Director Business Transformation Latam da Pfizer, Claudio Terra conversou com Geraldo Santos, CEO do Startupi e Casio Spina, CEO da Altivia Ventures, no Epispodio#06 do Corporate Venture in Action!.
Claudio foi a pessoa certa para estar no programa, pois faz parte de uma das empresas responsáveis pela criação e distribuição de uma das vacinas referentes ao combate do Coronavírus, a Pfizer. Um fato curioso é que a multinacional farmacêutica buscou parcerias que ajudassem na aceleração da criação da vacina, e assim se juntou a BioNTech.
Fundada em 2008, a BioNTech é uma startup alemã de imunoterapia, pioneira em novas terapias para o câncer e outras doenças graves. O Diretor da Pfizer comentou que a iniciativa de se aproximar de uma startup era de que ambas pudessem aprender e progredir com a parceria. O dinamismo e a velocidade em resolver problemas foram pontos que a Pfizer buscou para a parceria. Claudio reforçou ainda que acredita que a relação junto ao cliente é algo que grandes empresas podem ensinar as startups, acrescenta falando que por ser do ramo da saúde, a preocupação com o paciente é foco principal de toda a operação.
Durante a conversa, Claudio ainda citou que se sentia retraído no começo da parceria e temia que os focos das empresas se misturassem. A intenção nunca foi transformar a startup em uma “mini” Pfizer, mas sim, se tornar uma ajudante na solução de problemas quanto a tecnologia e inovação e juntas alcançar seus devidos objetivos.
Questionado por Casio, o representante da Pfizer da Améria Latina respondeu que através da parceria foi possível observar pontos que antes não eram possíveis de se prever. “Se envolver com startups, é se envolver com negócios de riscos. Se não houver riscos, não existe startup nem inovação”, citou o diretor. Completando que a startup fica responsável como sendo a tomadora de riscos, já que nem sempre uma ideia acaba se tornando um sucesso.
Outro importante ponto levantado pelo diretor foi o cuidado necessário junto ao paciente, por se tratar de vidas o cuidado deve ser redobrado. Por parte da empresa, a velocidade não é a prioridade, mas sim a qualidade. Claudio cita que “Toda inovação na área da saúde tem que ser em prol do paciente”. Assim, as parcerias com startups se tornam ainda mais importantes. Diferente das startups, a área de saúde consiste no conservadorismo por segurança dos pacientes.
Ao fim da conversa, Claudio citou alguns pontos em que foram importantes para a Pfizer aprender com a startup parceira. É preciso ter cuidado para não ver a BioNTech como um setor interno da empresa, não se pode interferir em suas ideias, mas sim enxerga-la como uma parceira, sem exclusividade ou dependência. Outro ponto foi a mudança de visão do mercado, na área da saúde é comum ver a inovação surgindo de dentro das empresas, quanto no mundo da inovação a pesquisa aprimora os recursos internos por meio de observação externa.
Confira abaixo o Episódio na íntegra:
Ouça também o Podcast do Episódio:
Quer participar dos próximos Episódios? Clique aqui, confira a agenda e faça seu cadastro para receber o acesso aos Programas.