*Por Alan Soares
O Metaverso, também conhecido como universo virtual ou mundo virtual, é um ambiente interativo que permite aos usuários experimentar e interagir com um mundo digital tridimensional. É um conceito que tem sido explorado há décadas na ficção científica, mas que agora está se tornando cada vez mais realidade com os avanços na tecnologia.
O Metaverso e a Web3 estão intrinsecamente ligados, pois ambos têm como objetivo criar um ambiente digital mais interativo, descentralizado e participativo para os usuários.
A Web3 é uma evolução da Web atual, que é centrada em empresas e governos, para uma Web descentralizada, onde os usuários possuem mais controle sobre seus dados e sua participação na rede. Essa nova web é baseada em tecnologias blockchain, que permitem a criação de aplicativos e serviços descentralizados e mais transparentes.
O Metaverso, por sua vez, é uma das principais aplicações da Web3. Com a tecnologia blockchain e outras tecnologias de ponta, é possível criar ambientes virtuais tridimensionais onde os usuários têm controle total sobre seus personagens, ativos e experiências. O Metaverso tem sido visto como uma tendência crescente nos últimos anos, com grandes empresas como Facebook, Google e Microsoft investindo fortemente no desenvolvimento de plataformas de metaverso. Isso pode levar a novas oportunidades econômicas, sociais e culturais, permitindo que as pessoas se conectem de novas formas.
Embora ainda seja difícil prever exatamente como o metaverso vai evoluir, ele se tornará cada vez mais presente em nossas vidas, especialmente com a crescente popularidade da realidade virtual e aumentada.
Você sabe o que é realidade virtual e realidade aumentada?
A realidade virtual é uma tecnologia que permite aos usuários interagir com um ambiente digital imersivo por meio de um dispositivo de exibição, geralmente um headset. Com a realidade virtual, o usuário é transportado para um mundo totalmente virtual, onde pode interagir com objetos e personagens em 3D.
Por outro lado, a realidade aumentada permite a sobreposição de elementos digitais em um ambiente real, geralmente visto por meio de um smartphone ou tablet. A realidade aumentada é amplamente utilizada em jogos e aplicativos móveis, onde o usuário pode interagir com objetos digitais colocados no mundo real.
O Metaverso combina elementos de ambas as tecnologias, criando um ambiente virtual em 3D onde os usuários podem interagir com objetos e outros usuários em tempo real.
Embora essas tecnologias sejam distintas, elas estão se tornando cada vez mais interconectadas. Proporcionando uma ampla variedade de finalidades, desde jogos e entretenimento até compras e educação.
No entanto, também existem desafios a serem enfrentados no desenvolvimento do metaverso. Por exemplo, questões de segurança e privacidade precisam ser abordadas para garantir a segurança dos usuários. Além disso, há preocupações sobre como o metaverso pode afetar a interação humana no mundo real e a possibilidade de criar ainda mais desigualdades sociais e econômicas, principalmente no tocante a raça.
Por isso, como um dos fundadores do Movimento Black Money, tenho empenhado grande esforço em democratizar o tema e ampliar o acesso a essas ferramentas para a comunidade negra. Atualmente fazemos isso em duas frentes – a primeira deriva de uma parceria educacional com a Meta, a iniciativa: Construindo o Futuro Digital no Metaverso. O programa visa capacitar jovens e adultos para aproveitar as crescentes oportunidades na WEB3, seja como novos profissionais ou empreendendo, com objetivo de impactar comunidades minorizadas (negras, mulheres e pessoas LGBTQIAPN+) e pessoas em situação de vulnerabilidade. Clique https://movimentoblackmoney.rds.land/mbm-meta-cadastro-geral
A segunda trata-se do MBM Experience – evento que potencializa a criatividade da comunidade negra. Na nossa terceira edição seremos ainda mais inovadores, o evento ocorrerá em dois formatos: hackaton + painéis, proporcionando uma maratona de processos formativos e compartilhamento de conhecimento sobre negócios e novas tecnologias.
A primeira fase, o InovaHAcK acontece entre os dias 21 a 23 de abril, no Centro Empresarial Itaú Conceição em São Paulo. Cerca de 120 jovens negros reunidos em uma maratona com workshops em WEB3, acompanhamento de mentores e os desafios das equipes envolvendo prototipagem, design e desenvolvimento de soluções. Já a segunda fase, as palestras, ocorrerá nos dias 26 e 27 de Abril e será transmitida pelo portal Terra
O objetivo das iniciativas é apresentar as oportunidades que se têm dentro do metaverso e sanar o GAP de conhecimentos que os grupos minorizados apresentam sobre o tema, proporcionando a bagagem tecnológica para adentrar no mercado de trabalho ou iniciarem novos empreendimentos. Para saber mais entre no site da iniciativa.
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O que podemos esperar do Metaverso para as próximas 2 décadas?
A Pew Research Center, em conjunto com a Elon University realizaram uma pesquisa com diversos profissionais de tecnologia e especialistas do setor sobre o futuro do metaverso. Todos os participantes foram solicitados a fornecer suas previsões sobre o futuro do metaverso e a função que ele cumprirá até o ano de 2040.
Em geral, eles acreditam que estamos no mesmo estágio de desenvolvimento do metaverso que estávamos quando a internet estava sendo desenvolvida e que ele não atingirá todo o seu potencial até o final dos anos 2030 ou 2040.
Quando chegarmos ao fim dessa fase de avanço tecnológico, teremos interfaces implantadas cirurgicamente, personagens não-jogáveis de inteligência artificial (NPCs) que se passam por pessoas reais e uma mistura de elementos do metaverso com o mundo real que irá alterar a forma como percebemos o mundo real.
Em resumo, o Metaverso continua sendo uma tendência crescente e tem um futuro promissor. Embora existam desafios a serem enfrentados, os benefícios potenciais do metaverso são muitos e sua influência nas nossas vidas irá aumentar à medida que a tecnologia continue a avançar.
*Alan Soares é fundador do Movimento Black Money, Hub de Inovação da Comunidade Negra, foi reconhecido pela ONU-MIPAD como um dos 100 afrodescendentes mais influentes do mundo e na Powerlist Afrolusofana. Alan também foi finalista do prêmio empreendedor Social da Folha de São Paulo.
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