* Por Paulo Kulikovsky
6821% – esse foi o pico da taxa de inflação no Brasil em 1990. Uma década de inflação exorbitante e um desastre econômico que ameaçou a vida financeira de todos os brasileiros. Apesar dos grandes impactos, nem tudo estava perdido.
Ainda na década de 1990, foi idealizado o SPB, o novo sistema de Pagamentos Brasileiro, estabelecendo o país, naquela época, como o melhor sistema bancário do mundo. Já nos anos 2000, as transferências de dinheiro seriam liquidadas quase instantaneamente, era a chegada do TED, que trouxe sofisticação e eficiência que até então não eram vistas na maior parte do mundo há décadas. Apesar do avanço, estas eram questões de necessidade.
Não é novidade que o mundo está passando por uma revolução digital sem precedentes. Essa revolução aponta para a tecnologia como motor a favor da liberdade, para termos um cardápio enorme de possibilidades das nossas finanças. De fato, a inovação tecnológica está mudando a forma com que as pessoas se relacionam com o dinheiro.
Os brasileiros mesmo, já estavam familiarizados há décadas com um sistema financeiro avançado. Ainda assim, havia uma necessidade das novas gerações pelo controle de suas finanças de maneira ágil e segura, isso inclui poder investir e gastar por conta própria, em vez de depender de um sistema desatualizado.
Devido a essa urgência, hoje o Brasil está passando por um grande processo de transformação. A B3, por exemplo, ultrapassou recentemente o número de 3 milhões de investidores Pessoa Física, praticamente o dobro em relação ao ano anterior e 5x se comparado a 2017. Incrível, não?!
Com os investimentos não tem sido diferente. Ainda que com grandes aprendizados dentro de casa, os investidores brasileiros ainda querem mais. Com o desejo de controlar seu próprio destino financeiro, eles passaram a procurar no mercado dos Estados Unidos uma forma de se expor à inovação e aproveitar uma gama única de oportunidades não encontrada em nenhum outro lugar.
Isso acontece porque até hoje é dos Estados Unidos que emanam transformadores do mundo como a Tesla, às maiores empresas do mundo como a Apple, além de disruptores como a Uber, empresas conhecidas e usadas por toda população mundial. Claro, agora elas também são acessíveis para esses mesmos usuários na bolsa americana.
Agora vemos pessoas migrando do conforto do CDI alto rumo a novas oportunidades de fazer a vida financeira ser mais promissora, um público com liberdade de escolha.
A evolução do mercado de ações junto com a propagação de temas relacionados à educação financeira, abriu uma oportunidade para sermos protagonistas das nossas próprias escolhas. Hoje, ficar por dentro das tendências de mercado está ao alcance da palma da mão.
Agora, essa liberdade ultrapassa fronteiras, estamos presenciando isso bem de perto e acredito que hoje, o dinheiro é global, sem limites geográficos. Poder acessar a maior bolsa de valores do mundo, pelo celular, sem a barreira de investimento mínimo, faz com que as oportunidades de investimentos aumentem muito. Ter todas essas possibilidades à disposição nos dá liberdade para protagonizar a nossa vida financeira, é isso que a Stake viabiliza: ter escolha. Afinal, esse é o futuro.
Olhando para os Estados Unidos, precisamente, temos como exemplo a Square, uma das ações mais populares da Stake no Brasil. O que começou como uma empresa de leitor de cartões de crédito e de processamento de pagamentos em pontos de venda, agora é um banco independente. No início de 2021, eles conquistaram uma licença bancária, um feito raro para uma empresa de tecnologia.
Talvez seu maior diferencial seja o Cash App, o maior banco digital da América. Com 36 milhões de usuários ativos por mês e mais de 100 milhões de downloads, o Cash App permite que os usuários gastem, economizem e invistam com seus telefones. Em um sistema americano que ainda cobra US$30 por transferências eletrônicas, a Square é uma revolução. Além disso, amigos e empresas podem fazer transferências instantaneamente e sem taxas.
Para os brasileiros, sobram inspirações. Entre milhares de startups que surgiram com o objetivo de facilitar a vida das pessoas, somados ao PIX, Open Banking, WhatsApp Pay, dentre tantas outras ferramentas que corroboram para a democratização do sistema financeiro. No final, é por isso que lutamos: liberdade!
* Paulo é o COO da Stake. Iniciou sua carreira no mercado financeiro e trabalhou com Private Equity na América Latina no final da década de 90. Com mais de 20 anos de experiência no setor de tecnologia, passou por empresas como Certisign, Guia Mais, Acesso Soluções de Pagamentos, Fullface Biometric Solutions, entre outras.