* Por Pedro Signorelli
Há dois anos, o teletrabalho ou home office costumava ser algo muito distante da maioria das empresas no Brasil. Uma pesquisa realizada pela consultoria de gestão de risco AON, apontou que antes da pandemia, 68,5% das empresas não tinham um modelo de gestão para o home office. Já em 2020 o percentual de companhias que implementaram políticas para o trabalho remoto foi de 73,3%.
Essa mudança no sistema de trabalho remoto, presencial ou híbrido também é percebida no mercado imobiliário. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Newmark, em média, 35% das empresas participantes da análise reduziram o tamanho de suas sedes. Uma tendência que deve se manter. Em 2020 a metragem de escritórios devolvidos foi de 273 mil m², no ano passado (2021) esse total saltou para 390 mil m².
Ainda não há consenso no mercado, mas tudo indica que, num futuro próximo, prevalecerá o modelo híbrido, mas para isso a gestão e o propósito dos escritórios também precisam evoluir. Estudo feito pela Think Work Lab com profissionais de RH de 70 empresas, indica que 24% deles ainda não têm clareza sobre a mudança de sistema de trabalho e 25% ainda não definiram como será a gestão de benefícios do formato híbrido.
Então, como fazer dar certo? Normalmente, os erros ou falhas estão relacionados a falta de processos. Mas, em meio há tantas mudanças como estabelecer um método que independente do formato de trabalho seja efetivo? Um caminho aos gestores está na adoção de métodos, como o OKR – Objectives and Keys Results.
Hoje vivenciamos e aprendemos a lidar com novas demandas de trabalho, as reuniões presenciais deram espaço a uma agenda intensa de videoconferências. O cuidado com a saúde nunca esteve tão evidente. Por isso, não se trata apenas de seguir um modelo físico ou remoto, mas de uma mudança na postura das lideranças, que precisaram adaptar os negócios e aprender a lidar com as novas formas de conexão.
Estabelecer processos e metodologias que apoiem gestores e equipes, definir o melhor modelo de trabalho, seja presencial, remoto ou híbrido, fazer com que todos tenham o mesmo entendimento e uma visão clara dos objetivos da companhia são os principais desafios. Nesse sentido, ainda há um caminho longo a ser percorrido no mundo corporativo.
Para ancorar todo esse processo a indicação da gestão por OKR é muito consistente, pois em sua premissa estão, pelo menos, dois pontos muito importantes na atualidade: a possibilidade de ajustes constantes na rota da companhia e a clareza nos rumos da gestão para toda a equipe.
Pedro Signorelli é especialista “insider” na implementação de OKR em empresas de diversos tamanhos e segmentos, e ministrando palestras e workshops de implementação de OKR.