A Microsoft anunciou nesta semana, através de uma transmissão ao vivo, o lançamento do Microsoft Reactor – São Paulo, o primeiro no Brasil. A iniciativa, que tem como objetivo conectar startups e desenvolvedores para impulsionar a inovação em suas organizações, está presente em mais 11 cidades ao redor do mundo.
Microsoft Reactor – São Paulo funcionará como um hub e é o primeiro da América Latina. Tendo seu espaço físico sediado no Distrito AdTech, um dos centros de tecnologia da Distrito, comunidade independente de inovação e startups, ele oferecerá ao ecossistema workshops, cursos e eventos – tanto online quanto presenciais. No entanto, devido à pandemia, o funcionamento permanecerá remoto para segurança de todos.
Tânia Consentino, presidente da Microsoft Brasil, ressalta que a corporação, que está no País há 31 anos, tem como objetivo incentivar setores como educação e empreendedorismo, fomentando também o ecossistema de startups. Dessa forma, o hub vem para fortalecer esse movimento com aprendizado, conexão e inovação.
Em paralelo a isso, a Microsoft é responsável por mais iniciativas focadas em acelerar a inovação e tecnologia no Brasil. O Women Entrepreneurship (WE), lançado ano passado para fomentar o empreendedorismo feminino, em parceria com o Sebrae Nacional e M8 Partners, criou o fundo WE Ventures, tem como foco o investimento em startups lideradas por mulheres e que estejam no chamado estágio do “vale da morte”.
A companhia também disponibiliza, através do Microsoft for Startups, ferramentas para ajudar o empreendedor nesta jornada, como o acesso a tecnologias gratuitas de nuvem da Microsoft, incluindo até US$ 120 mil em créditos Azure, juntamente com suporte técnico e treinamentos. Além disso, em maio, a empresa disponibilizou às startups afiliadas ao programa acesso gratuito, por até 12 meses, à Power Platform, grupo de aplicativos e serviços projetados pela Microsoft para ajudá-las a criar aplicativos comerciais personalizados voltados à automatização de fluxos de trabalho e visualização dinâmica de dados. Desde 2011, o programa já investiu em mais de 7 mil startups e disponibilizou mais de US$ 205 milhões em créditos de nuvem Azure.
O Fundo BR Startups, fundado em 2014 pela Microsoft Participações, também compôs o portfólio de iniciativas criadas pela Microsoft para fomentar o ecossistema com investimentos. Com valores entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões, os aportes eram destinados a empresas nacionais. Em 5 anos de operação, ele captou R$ 32 milhões e investiu em 15 startups.
Assim, segundo Tânia, o Reactor vem para complementar o pacote de soluções para startups que a empresa oferece, trazendo ao País geração de emprego e desenvolvimento econômico, principalmente no atual cenário. “As crises nos trazem e nos permitem criar os momentos de transformações. Então é agora que a gente precisa, mais do que nunca, apoiar o empreendedor”, destaca a executiva.
Para Franklin Luzes, vice-presidente de operações da Microsoft Participações, o grande diferencial da iniciativa está nessa conexão global, onde toda a programação está em sinergia, possibilitando, dessa forma, que uma pessoa que trabalhe durante o dia, faça à noite um curso no Reactor em Xangai, cumprindo assim, sua missão de ser um centro de apoio para desenvolvedores e profissionais de tecnologia através de seminários, eventos e meetups.
O lançamento também contou com um painel com Gustavo Araújo, CEO da Distrito; Camila Achutti, CEO e Fundadora da MasterTech; e Licia Souza, CEO da WE Impact, para falar sobre a iniciativa e sua importância para o ecossistema.
Como host da iniciativa, Gustavo fala que a sinergia entre o Distrito e o Microsoft Reactor se dá principalmente pela conexão que o projeto da Microsoft possibilita, já que o ambiente facilita o acesso às startups para os três principais pilares que elas precisam para desenvolvimento: clientes, investimentos e capacitação, com foco principalmente neste último.
“É um projeto internacional e de alto nível para a capacitação de startups e grandes empresas em tecnologias chave para a transformação digital, como inteligência artificial e cloud. A Microsoft notadamente se destaca no domínio dessas tecnologias e, ao capacitar o ecossistema com o que existe de mais avançado nessas áreas, impulsionará o desenvolvimento de empreendedores, startups e corporações brasileiras”, diz Gustavo Araújo, CEO da Distrito.
A We Impact, ecossistema digital desenvolvido para acelerar o sucesso de mulheres fundadoras de startups em todo o país, foi uma das primeiras startups beneficiadas com aporte do Fundo WE Ventures e fará parte do Microsoft Reactor.
Lícia explica que a organização acompanha as fundadoras de startups em toda sua jornada empreendedora, da ideação ao investimento capital estratégico e financeiro (pré-seed). Assim, a parceria com o Reactor possibilitará ao WE Impact potencializar sua missão de levar diversidade e inovação para o ecossistema.
“Além de fazer conexões, elas vão participar e serem também protagonistas em eventos, workshops, treinamentos, e ter acesso ao que tem mais avançado em tecnologia. Com isso, a gente entende que alimenta um pilar muito importante que a gente tem na WE Impact que é inspirar e transformar essa nova cultura tech, de conseguir colocar a mulher, ela inspirando outras mulheres e trazer essa transformação para dentro da tecnologia”.
Ainda sobre o momento atual e a importância das startups para ele, Camila aponta que elas devem passar por essa fase com mais facilidade, por exemplo, do que grandes empresas, já que naturalmente são mais flexíveis e enxutas. Portanto, o desafio está em ajudar as corporações, mantendo-se alinhadas com suas missões, visões e valores.
Tânia concorda e complementa que os momentos de crises são sempre também de oportunidades, assim, “quem for rápido, flexível e tiver os skills necessários vai conseguir sair melhor do que entrou. E aí, as startups, elas têm até uma vantagem competitiva em relação às grandes empresas”, destaca.
Por fim, a presidente reforça o compromisso da Microsoft com o desenvolvimento do Brasil, principalmente para uma retomada econômica mais sustentável. “A gente quer dar as ferramentas para ajudar o Brasil a construir cérebros, a ser mais que exportador de commodities e notícia ruim. O que a gente quer é exportar tecnologia, o que a gente quer é criar soluções para tornar nossa indústria mais competitiva”, afirma.
A plataforma do Microsoft Reactor já está disponível com cursos de ciência de dados, aprendizado de máquina, serviços de IA, blockchain e desenvolvimento web. Todos os conteúdos são gratuitos e podem ser acessados no site.