Mais Vívida, é uma junção de vivido e vívida, termo este que a startup que leva o nome mencionado no início, escolheu para nomear o seu negócio. A edtech tem o propósito de focar justamente em pessoas 50+ que acumulam não só experiência, mas também vontade de aprender, se desenvolver e criar algo novo.
A startup surgiu em 2019, através de um sonho dos fundadores Viviane Palladino e Filipe Mori. Eles queriam tornar a vida dos idosos da própria família mais alegre, produtiva e conectada.
“Eu e a Vivi tínhamos passado por experiências parecidas, e queríamos mudar a realidade não só dos nossos parentes mas de todas as pessoas da sociedade que são deixadas de lado após atingir uma certa idade. Nos encontramos em um programa de MBA da faculdade FIAP, e demos match na hora, nossos propósitos e objetivos se conectaram e hoje mudamos a vida de muitas pessoas através da tecnologia”, comenta Filipe.
Através da plataforma, a edtech trabalha para impactar: cognitivo, energia e aprendizado dos seniores, no qual, jovens que são chamados de profissionais “anjos” e que nasceram na era digital, os ensinam a como utilizar a tecnologia no seu dia a dia e no seu empreendimento, para que assim consigam não só otimizar o seu tempo mas também alavancar o seu negócio de forma virtual.
O acesso dentro da plataforma funciona por modelo de assinatura. Após o usuário se cadastrar, ele possui direito a diversos conteúdos como vídeos educacionais, aulas em grupo e suporte para sanar dúvidas através do WhatsApp. Hoje, 30% dos atendimentos realizados pela startup são presenciais e 70% online, variando de acordo com a necessidade de cada cliente e disponibilidade dos profissionais.
Os profissionais “anjos” são remunerados pela Mais Vívida e para participarem do processo seletivo precisam preencher um formulário, passar pelas etapas de avaliação psicológica e mostrar seus antecedentes criminais. “Realizamos todo esse processo, além de fornecer treinamento especializado, para garantir que os nossos clientes sejam atendidos da melhor forma possível e com segurança, definitivamente é isso que prezamos”, diz Viviane.
Prêmios e reconhecimentos
Desde a sua fundação, a startup tem recebido diversos reconhecimentos e prêmios por fazer um trabalho social de impacto. Em 2019 foi reconhecida como Startup Promissora pela Aging 2.0. Em 2020 foi considerada uma das startups mais quentes para ser observada na lista do TOP VOICE e empreendedor de sucesso Gustavo Caetano, e no mesmo ano foi vencedora do programa O Anjo Investidor da Jovem Pan e Rede TV. E agora, em 2022, foi finalista no Prêmio à Inovação Social da Fundação Mapfre, em Madrid (categoria Economia Sênior).
Mais Vívida pretende faturar R$ 1,4 milhão em 2023
A Mais Vívida, já participou dos programas de aceleração da Igloo, Yunus Negócios Sociais e Samsung Ocean. A startup também recebeu investimentos de empresas que acreditam no seu potencial e impacto social, como a Bossanova Investimentos que investiu cerca de R$ 150 mil na edtech e a Poli Angels junto com a FEA – que foi coinvestidora, que aportaram R$ 305 mil.
Atualmente a Mais Vívida está presente em todos os estados do Brasil e a previsão de faturamento em 2022 é de R$ 150 mil. Já para 2023, a edtech pretende mais do que dobrar este valor e chegar a marca de R$ 1,4 milhão.
Impacto e internacionalização da edtech
A Mais Vívida tem impactado positivamente mais de 5 mil pessoas e agora eles querem focar na internacionalização da empresa. “Estamos em conversa com a COREangels EduTechs que tem nos oferecido suporte no âmbito educacional para uma futura expansão E nós queremos começar por Portugal. Ainda estamos analisando como funcionará a parceria, mas estamos muito contentes”, comenta Palladino.
Um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que 75% das companhias evitam contratar pessoas mais velhas. No geral as empresas ainda acreditam que profissionais mais jovens podem sair mais barato e que eles costumam estar mais atualizados com as tendências do mercado, dessa forma, as gerações mais antigas são excluídas do mercado. Aqui, listamos 5 motivos para contratar pessoas com mais de 50 anos.
Para os próximos anos, a edtech pretende mudar este cenário e focar no negócio B2B. “Queremos trabalhar dentro de empresas ajudando esses usuários a se familiarizarem com aplicativos de bancos e outras ferramentas que ajudem no seu trabalho. Afinal, quando uma pessoa volta a fazer algo ou aprende coisas novas com a tecnologia, ela recupera o seu entusiasmo e se torna ainda Mais Vívida”, finaliza Viviane.