Um caso que chamou a atenção no começo dessa semana envolveu 3 jogadores do Palmeiras e um esquema de pirâmide que gerou um prejuízo milionário aos atletas. Os atletas Gustavo Scarpa e Mayke, jogador do Palmeiras, acusam o também ex-jogador palmeirense, Willian Bigode, e sua empresa de aplicarem um golpe envolvendo criptomoedas, que gerou um prejuízo de R$ 6,3 milhões e R$ 4 milhões para os jogadores, respectivamente.
“O grande problema do caso do Palmeiras foi que a empresa se aproveitou da proximidade entre os jogadores e que ele, por si só, já trazia a credibilidade que eles precisavam pra trazer outras pessoas e jogadores. Provavelmente, se não fosse uma empresa ligada ao jogador, esse caso não teria ido pra frente. Mas, uma vez que ele convence outra pessoa a entrar nesse meio, já começa a chamar atenção daquele segmento, uma vez que você tem uma prova social como ‘tem um amigo meu dentro do negócio, não vai dar problema, não é golpe’. E, a princípio, o Willian também acabou sendo prejudicado com a fraude”, comenta Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios e especialista em criptomoedas.
Willian Bigode e sua esposa são sócios da WLJC Gestão Financeira, empresa que transferiu o investimento dos jogadores para a Xland, que realizou o investimento nas criptomoedas. Além dos R$ 10 milhões investidos pelos jogadores, Willian também comentou ter investido mais R$ 17,5 milhões no negócio, que prometia rendimentos entre 3% e 5% ao mês.
Como evitar cair nos golpes de cripto?
Fabiano Nagamatsu, CEO da Osten Moove, recomenda que os investidores que pretendem entrar nesse mundo de criptomoedas estudem sobre o assunto e se mantenham antenados nas novidades, evitando cair em ações fraudulentas. “Criando uma base educacional e evangelizando o público a partir de conteúdos sérios e sólidos de casos bons e ruins. Buscar mentorias de empresas e pessoas especializadas no assunto. Não investir com agressividade, pensar como investimento de bolsa de valores.”
Os golpes e fraudes que aparecem ligados ao mercado de cripto acabam sendo gerados pela falta de conhecimento e entendimento do mercado por parte dos investidores, que muitas vezes buscam retornos imediatos. Os fraudadores se aproveitam de influenciadores e mensagens sensacionalistas para ludibriar os investidores.
“Os casos de cripto são mais frequentes por ser uma novidade, e pegar uma parcela da população que não tem tanto conhecimento desse mercado e tudo o que é recente acaba tendo um chamariz de novidade, algo mais sedutor aos olhos de um investidor que quer ter uma rentabilidade gigantesca, que quer ficar rico do dia pra noite. E o desconhecimento dos processos e do mercado gera oportunidade para os fraudadores”, afirma o especialista em cripto, Fernando.
Como reconhecer um bom investimento?
“Cada investimento possui seus pontos positivos e negativos, e sempre depende do risco que essa opção agrega. Se houver uma situação de promessa de ganhos de 2%, 5% ao mês, como foi o caso do Palmeiras, em tom de garantia de ganhos, mas sem uma consistência de onde vem esses valores, é pra ficar com o pé atrás. Pessoas que representam esquemas de pirâmides apresentam propostas muito fortes comerciais, extremamente agressivas, com provas sociais delas mesmas, então elas sempre se mostram em grandes escritórios, carros milionários, ostentando um estilo de vida para passar o sentimento de credibilidade e garantia”, comenta Fernando.
O exemplo apresentado pelo especialista agrega não só para as criptomoedas, mas também para investimentos com fortes campanhas de marketing, que muitas vezes servem como cobertura do golpe. Então, o conselho é que, caso queira entrar nesse universo cripto, é essencial estudar sobre o assunto e acompanhar especialistas com boas reputações no mercado.
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