A Jobecam, HRTech especializada em Diversidade e Inclusão, recebeu aporte de R$ 2 milhões do Laboratório de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab). A startup foi uma das 11 soluções selecionadas de diferentes países latino-americanos que utilizam inteligência artificial para ajudar a reduzir o preconceito, discriminação e vieses na seleção de talentos.
O financiamento será utilizado para tornar ainda mais robusta a ferramenta desenvolvida pela HRTech e, assim, tornar o processo seletivo mais diverso e aumentar em até 70% o ingresso de pessoas de grupos sub-representados em empresas.
Além da Jobecam, outras 66 soluções participaram da convocatória “Gênero e inteligência artificial” do BID Lab, em acordo com a Aliança regional para uso ético e responsável da tecnologia (fAIrLAC) e conta com a colaboração de gigantes como Accenture, Amazon Web Services, Globant, Microsoft, NTT DATA FOUNDATION, Oracle, Red Hat e SONDA.
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“Passamos por vários treinamentos desde que foi lançada a convocatória. Foi um ano de muito aprendizado e negociações. Podemos dizer que, depois deste processo, recebemos essa quantia de financiamento e o selo de validação importante de que a Jobecam utiliza uma IA sem vieses. Mas mais do que isto, com a ajuda do BID Lab iremos garantir cada vez mais uma tecnologia sempre justa. Nosso papel é oferecer tecnologia para humanizar os processos seletivos, usando soluções a favor daquelas habilidades que realmente importam, e não das características físicas, de gênero, sexo, cor, raça e origem, por exemplo”, destaca Cammila Yochabell, fundadora e CEO da HRTech.
O financiamento também será utilizado para consolidar a Jobecam no Brasil. “O BID Lab está nos apoiando pois entendeu que a nossa tecnologia combate esse viés do código e algorítmico, ou seja, constatam que nossos algoritmos são justos. Nós queremos construir cada vez mais uma IA justa, mostrar para a sociedade que isto é possível e combater o perigo e mal uso deste tipo de tecnologia nos processos seletivos, desconstruir o lado negativo da IA, e trazendo a ideia que ela pode ser humanizada para trazer o melhor das pessoas”, explica Cammila.
Neste contexto, a startup acaba de lançar os Avatares 3D dinâmicos. Com a solução, os talentos interagem em tempo real com as pessoas avaliadoras, porém, com a voz agênera e imagem revertida em um avatar que possui características de pessoas de grupos sub representados como pessoas pretas, com deficiência, e até mesmo agêneros. O conceito gráficos dos avatares foram pensados cuidadosamente em cada detalhe para trazer mais dinamismo, diversidade e conforto para as pessoas envolvidas no processo seletivo, e fazer com que as pessoas sejam vistas por suas aptidões profissionais ao invés de estereótipos.
“Ficamos entre as 10 melhores startups da América Latina e uma entre as duas únicas companhias brasileiras listadas. Fomos selecionados em um leque de outras soluções, ou seja, existe muito valor naquilo que entregamos para o mercado brasileiro”, completa a CEO.
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