IonQ, companhia norte-americana especializada em hardware e software para computação quântica, anunciou a compra da startup britânica Oxford Ionics por US$ 1,08 bilhão em um acordo que combina ações da IonQ com cerca de US$ 10 milhões em dinheiro. A transação está prevista para ser concluída até o fim de 2025 e segue estratégia de consolidação internacional anunciada pela empresa.
Oxford Ionics, criada em 2019 por cientistas da Universidade de Oxford, faz parte de um grupo seleto contemplado pela iniciativa Quantum Benchmarking da DARPA, junto a IonQ, Quantinuum e Rigetti. A tecnologia focada em íons presos é considerada promissora por oferecer precisão e confiabilidade em qubits, essenciais para sistemas de correção de erros.
De acordo com o CEO da IonQ, Niccolo de Masi, a transação reforça o plano de desenvolver computadores tolerantes a falhas com dois milhões de qubits físicos e 80 mil qubits lógicos até 2030. Segundo o executivo, a aquisição de Oxford Ionics acelera esse objetivo. Esse plano coloca IonQ como potencial líder puro‑sangue em quântica.
Acordos anteriores incluem a aquisição da Lightsynq, focada em interconexão quântica, e controle acionário da suíça ID Quantique. Esses movimentos fazem parte de estratégia de integração vertical, tanto no hardware quanto na infraestrutura de redes e criptografia quântica. Há ainda cooperação com a Força Aérea dos EUA por meio de parcerias de infraestrutura. O impacto sobre a cotação chegou próximo a 4% em alta nos mercados, após o anúncio. Apesar da valorização, IonQ ainda acumula queda anual de aproximadamente 4% até o momento.
Além da transação, IonQ divulgou resultados de pesquisa conjunta com AstraZeneca, Amazon Web Services e Nvidia. O grupo apresentou simulação de reação química (Suzuki–Miyaura) com tempo quinze vezes inferior ao observado em estudos anteriores. Essa demonstração reforça o argumento de integração entre computação clássica e quântica, principal motor da evolução quântica, segundo o CEO de Masi.
Oxford Ionics detém tecnologia considerada de “performance de nível mundial” em qubits de íons presos e mantém contratos com o National Quantum Computing Centre do Reino Unido e a Cyberagentur da Alemanha. Os fundadores, Chris Ballance e Tom Harty, permanecerão à frente das operações locais, com novos escritórios previstos para Oxford e Colorado.
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