O investidor-anjo brasileiro está animado com o setor de startups. Um levantamento feito por um grupo de líderes de redes de anjos apontou que somente no primeiro semestre deste ano foram investidos R$ 39,9 milhões em startups brasileiras. A projeção do grupo, que reúne 18 das maiores redes de investidores-anjo do país, é de que se feche 2021 com R$ 80 milhões em investimento. Um crescimento de 76% em relação a 2020, quando foram investidos R$ 45,2 milhões.
Não só o volume de investimento vem crescendo, mas o número de investidores-anjo atuando nessas redes também cresceu. O estudo mostra que 344 startups foram investidas desde a criação das redes que, hoje, contam com 2560 investidores e um crescimento de 29% no número de investidores em relação a 2020.
De acordo com Maria Rita Spina Bueno, diretora executiva da Anjos do Brasil e fundadora desse grupo de líderes de redes, o sucesso dos números se deve à cooperação entre as redes. “Estes resultados mostram a importância das redes para o ecossistema de investimento anjo. Criado em 2017, o grupo tem apoiado o surgimento de novas redes de investidores anjo, que proporcionam um ambiente de boas práticas e de acesso a diversas oportunidades para os investidores, que se tornam mais ativos e conseguem efetuar uma alocação de capital mais eficiente. Além disso, temos viabilizado muitos aportes a partir do coinvestimento entre nossas redes parceiras”, declara.
Outro dado que chama atenção no levantamento é o aumento do valor investido, que cresceu 35% em relação ao ano passado. Em média, cada investidor aporta R$ 34 mil, com um valor máximo de R$ 100 mil e mínimo de R$ 15 mil. Quando se fala de rede, a média aportada fica entre R$ 400 mil e R$ 800 mil, com um ticket máximo de R$ 1,5 milhões e um mínimo de R$ 200 mil.
Entre os setores mais investidos se destacam as agritechs, edtechs,