*Por Bárbara Fraga
Com o crescimento da população mundial, maior é a necessidade da produção e da distribuição efetiva de alimentos em todos os países e regiões, para evitar a fome generalizada. Em se tratando do Brasil, um estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que o avanço da fome avançou em 2022, atingindo 33,1 milhões de pessoas.
São 14 milhões de brasileiros a mais com insegurança alimentar grave, na comparação com 2020. Além disso, cerca de 58,7% da população convive com a falta de disponibilidade e acesso aos alimentos.
Esses números são ainda mais assustadores quando levamos em conta que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Diante deste cenário, como a Inteligência Artificial (IA) pode ajudar a população que necessita de alimentos?
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Esta tecnologia pode desempenhar um papel fundamental neste contexto populacional, pois seu uso melhora a produção e a distribuição de alimentos, bem como identifica e resolve problemas relacionados à segurança alimentar. Além disso, ela aponta soluções customizadas para as áreas com grandes índices de vulnerabilidade, o que pode apoiar governos e organizações a direcionarem recursos para essas regiões, além de ajudar a implementar políticas públicas efetivas.
Dentro dessa perspectiva, existe uma larga variedade de possibilidades e de impactos que podemos perceber nos negócios.
No que tange à IA, existem questões contra a fome que ganham destaque, as quais vou detalhar abaixo:
- Identificar padrões e tendências: essa pesquisa permite que os agricultores tomem decisões mais embasadas e eficazes. Isso pode levar a um aumento da produção de alimentos, que tende a reduzir a fome em todo o mundo.
- Identificar áreas em que a oferta de alimentos é insuficiente: a ação pode permitir que os governos e as organizações trabalhem para aumentar a produção ou para transportar alimentos de outras regiões para atender à demanda local.
- Identificar e resolver problemas: a tecnologia ajuda a identificar áreas em que os alimentos estão em risco de contaminação, permitindo a tomada de decisão ágil para resolver esses problemas antes que se tornem uma ameaça à saúde pública.
- Identificar alimentos mais saudáveis e nutritivos: isso garante que pessoas com vulnerabilidade alimentar tenham acesso a alimentos que atendam às suas necessidades nutricionais.
- Melhorar a eficiência da cadeia de fornecimento de alimentos: isso pode levar a redução nos custos de produção e distribuição. Além disso, a ação permite que os alimentos sejam produzidos e entregues com mais eficiência, tornando-os mais acessíveis para as pessoas que passam fome.
Em resumo, a IA tem o potencial de ser uma ferramenta poderosa para reverter esta triste realidade no planeta. Ao melhorar a produção e a distribuição de alimentos, prever e responder a crises alimentares e identificar áreas de maior vulnerabilidade à fome e à pobreza, a tecnologia pode ajudar a garantir que a população tenha acesso a alimentos adequados e nutritivos, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a fome e a pobreza em todo o mundo.
*Barbara Fraga é Head de Data Science da A3Data, consultoria especializada em dados e inteligência artificial
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