No Reino Unido, fãs da Taylor Swift foram alvo de uma onda de fraudes em ingressos de shows nas redes sociais que já superaram US$ 1,2 milhão em prejuízos (cerca de R$ 5,2 milhões), segundo dados do Lloyds Bank. No Brasil, o cenário não é diferente: tentativas de golpes são aplicadas com frequência em concertos de atrações nacionais e internacionais – a exemplos da própria Taylor Swift, além de Bruno Mars, Madonna e Caetano Veloso.
“Os alertas atuais sobre fraudes online são uma prova de que é necessário fazer mais por parte dos operadores de plataformas e instituições financeiras para se manterem à frente das estratégias em evolução dos fraudadores. Uma parte importante deste processo deve também consistir numa maior educação dos consumidores sobre como se manterem vigilantes contra o aumento da fraude. Isso não apenas afeta os públicos, mas também prejudica a reputação da marca e o fluxo de caixa dos negócios”, detalha o especialista Thiago Bertacchini, Desenvolvimento de Negócios Sênior da Nethone, empresa que fornece soluções de prevenção para fraudes digitais.
As plataformas de venda de ingresso exigem uma proteção contra fraudes mais robusta do que o comércio eletrônico tradicional, pois seus ecossistemas bilaterais aumentam a área de superfície contra fraudes. Isto é, a fraude pode acontecer tanto por parte do vendedor, que comercializa itens falsos, quanto do comprador, que pode usar detalhes fraudulentos para comprar itens. Além disso, fraudadores têm aproveitado a tecnologia de IA para automatizar operações e criar identidades, documentos e páginas de checkout falsos, entre outras coisas, de uma forma mais rápida e difícil de detectar.
A solução oferecida pela Nethone, por exemplo, realiza análises comportamentais detalhadas – ferramentas que fornecem dados aprofundados, gerando perfis de usuários e examinando padrões de comportamento dos usuários para detectar anomalias e atividades suspeitas com mais rapidez. Pensando nisso, o especialista da empresa citou conselhos para combate à fraude para empresas e consumidores:
Como empresas podem se prevenir das fraudes
Os fraudadores de hoje aproveitam a tecnologia de IA para automatizar suas operações e criar identidades, documentos e páginas de checkout falsos, entre outras coisas, de maneira mais rápida e difícil de detectar. Assim, as empresas devem combater tecnologia com tecnologia. A IA generativa pode ser extremamente útil neste contexto, permitindo o desenvolvimento de técnicas avançadas de biometria comportamental e inteligência artificial. Ao integrar estes métodos de alta tecnologia, as empresas podem impedir o acesso não autorizado e proteger os seus clientes.
Além disso, é importante estar ciente de que muitos fraudadores usam ferramentas como VPNs, proxies, bots e click farms para ocultar detalhes de sua rede ou localização, o que lhes permite automatizar suas atividades em maior escala e escapar impunes de fraudes. Para reagir, as empresas precisam adotar soluções que permitam análises comportamentais detalhadas – ferramentas que forneçam dados aprofundados, gerando perfis de usuários e examinando padrões de comportamento dos usuários para detectar anomalias e atividades suspeitas com mais rapidez.
Para consumidores
Geralmente, os fraudadores tentam enganar os consumidores por meio de e-mails ou mensagens do WhatsApp. Depois que os usuários mordem a isca, seus sistemas podem ser infiltrados, levando a invasões de contas e pagamentos não autorizados. O especialista listou algumas dicas úteis para os usuários reconhecerem esses golpes:
Cuidado com e-mails: não clicar em links ou baixar anexos sem olhar atentamente, pois eles podem hospedar malware. Para verificar um link, basta passar o mouse sobre ele para revelar o URL de destino real.
Empresas legítimas não solicitam dados confidenciais: senhas, dados bancários ou documentos de identificação não são pedidos por essas empresas. Elas também não pedirão aos usuários que instalem ferramentas de acesso remoto para fins de suporte.
Atenção a descontos: promoções que parecem muito boas para serem verdade normalmente não são, especialmente em itens que normalmente são caros.
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