A Bankme, fintech que criar e opera “mini bancos”, acaba de captar R$5,5 milhões em uma rodada de investimentos composta pela DOMO Invest, Apex Partners, Bamboo Capital Markets, além do investidor e mentor de startups Aury Ronan Francisco.
Após ter o negócio avaliado em R$ 57 milhões, a startup tem o propósito de quebrar a barreira de entrada no mercado financeiro para que empreendedores incentivem financeiramente seus setores. Os recursos irão possibilitar a otimização da tecnologia e a contratação de novos talentos. Dessa forma, a previsão da startup é dobrar o faturamento e o capital sob gestão ainda em 2022.
“Com o aporte, vamos investir principalmente em tecnologia e produtos, ampliando as possibilidades de receita para os nossos clientes e, consequentemente, para a startup também. A expectativa é atingir 120 colaboradores até o final de 2023”, comenta Thiago Eik, CEO da startup.
Fintech e a democratização do mercado financeiro
Ao contrário das grandes companhias, a maioria das empresas e empreendedores brasileiros encontram barreiras para ter seu próprio braço financeiro e dar acesso a crédito aos seus stakeholders. Dentre os motivos estão os altos custos de abertura, longo prazo de implementação e análise de crédito, assim como outros processos burocráticos.
Para auxiliar neste cenário, a Bankme cria uma financeira a partir do mapeamento de todas as oportunidades de antecipação de recebíveis na base do cliente, auxilia na prospecção, mediante inteligência de dados e tecnologia, e ainda opera o crédito para o ecossistema, cuidando desde a estruturação da operação até o fechamento contábil.
“Na Bankme, o cliente equilibra o fluxo de caixa e, ao mesmo tempo, fomenta seu ecossistema produtivo. Empresas ou indivíduos que desejam montar sua própria securitizadora, ou que já possuem a sua factoring, podem migrar todo o serviço operacional para a plataforma e dispensar a necessidade de uma estrutura física”, explica o CEO.
Próximos passos da Bankme
A Bankme começou a operar em setembro de 2020 e logo depois, em janeiro de 2021, captou o primeiro investimento e ainda teve o valuation estimado em R$ 20 milhões. Agora, cerca de um ano e meio depois do aporte inicial e com o valuation quase triplicado, chamou a atenção de novos investidores.
Após o incentivo, os planos futuros da startup envolvem permitir que os clientes ofereçam novas modalidades de crédito, que até então só eram concedidas aos bancos tradicionais e implicavam em diversas burocracias.
Dessa forma, negócios que antes realizavam apenas a antecipação de recebíveis passarão a atuar também com crédito consignado, empréstimos, antecipação e trava de agenda de recebíveis de cartão de crédito, emissão de cédula de crédito bancário (CCB), além de outros recursos.