A antiga Diin, fintech de micro investimento, reformulou seu nome para Grão, e fechou uma rodada de investimento liderada pela Astella, com participação da DOMO Invest e da Vox Capital. Até o momento, o capital investido pelos sócios e o valor desse aporte soma R$ 7,5 milhões.
“Fundamos a startup em 2018 e resolvemos mudar o seu nome para Grão para fazer alusão ao conceito ‘de grão em grão’, pois queremos mostrar à população de renda mais baixa que eles também podem guardar dinheiro e a nossa plataforma é a alternativa correta para isso. Temos mais de 20 mil clientes e, com essa rodada, vamos imprimir um ritmo de crescimento mais acelerado, visando compor uma carteira com 1 milhão de usuários, a partir da retomada da economia e dessa tendência de open banking”, conta a sócia, Monica Saccarelli.
Na Grão, os investimentos começam a partir de R$ 1. O dinheiro é aplicado em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), o Título Tesouro Selic, que acompanha o retorno da taxa básica de juros e tem liquidez diária. Quando o usuário precisar resgatar o investimento, receberá seu dinheiro com o acréscimo do rendimento do CDI no período em que o valor ficou aplicado. Para utilizar o app, basta preencher um questionário e sinalizar o objetivo desse investimento, ou seja, desse montante a ser guardado para cumprir determinada finalidade ou realizar um sonho, por exemplo. O importante é firmar o compromisso para se comprometer com o investimento. “Notamos que, em média, nossos clientes conseguem guardar R$ 200 ao mês”, complementa Saccarelli.
Frente ao perfil dos usuários, entre 10% a 15% dos investimentos ocorrem via boleto bancário e, aqueles que aplicam pelo app, muitas vezes fazem o download no próprio dia do investimento e o apagam imediatamente, repetindo o processo mês a mês. Isso porquê ainda existem algumas barreiras tecnológicas para essa camada mais humilde da população, a exemplo da memória mais limitada no celular.
“Acreditamos muito nas fintechs e a proposta da Grão atende a base da pirâmide da sociedade, o que é fundamental para proporcionar o acesso desse público às novas tecnologias e uma oportunidade dentro do contexto do open banking. Além disso, a ferramenta oferece conteúdos educacionais para ensinar os brasileiros a guardar, poupar e se relacionar com seu dinheiro e ainda mostra, ao usuário, uma alternativa mais rentável do que a poupança para guardar seu dinheiro”, explica Gabriel Sidi, sócio da DOMO Invest.
Segundo um levantamento divulgado em meados de setembro do ano passado pela FINNOVATION, 504 fintechs seguem em operação no Brasil e estão divididas em 10 segmentos de mercado. Em comparação a 2018, o crescimento foi de 34%, quando só existiam 377 startups atuando no setor.