Depois de passarmos pelo 4.0, chegamos ao 5.0 e agora estamos nos preparando para o 6.0. Por mais que eu não seja um grande adepto dessas nomenclaturas, acredito que elas ajudam a explicar as novas fases que a tecnologia e a inovação vêm impulsionando em diferentes áreas e segmentos. No entanto, um dos pontos que mais chamam atenção é a forma como a evolução dessas novas soluções tem se aproximado do desenvolvimento da sociedade.
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Inclusive, essa lógica é seguida pelo conceito de Sociedade 5.0 ou “sociedade do futuro”. A sinergia, ou quase uma simbiose, do espaço físico com o espaço cibernético, conecta dados gerados por dispositivos e sensores presentes no nosso dia a dia que funcionam no virtual. Na prática, é como se essas soluções seguissem um ciclo que vai do digital para o real e depois para o virtual de novo.
Dessa forma, os dados que são armazenados e processados na jornada do cliente podem ser analisados e transformados em soluções inteligentes e disponíveis para o cliente. Essa estratégia coloca as pessoas no centro da experiência, ela é conhecida como “people centric”.
Esse movimento mostra como a evolução das estruturas tecnológicas tem acontecido de forma positiva para criar uma sociedade melhor para todos. Se pensarmos em todas as ferramentas que surgiram ao longo dos últimos anos, veremos grandes mudanças em bem pouco tempo. São exemplos Big Data, Cloud Computing, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), fontes de energia renovável e tantas outras ideias e conceitos que nos provocaram reflexões e mudanças poucas vezes vistas antes.
O crescimento é uma realidade. Segundo dados da McKinsey, o mercado de IA Generativa dá sinais de que veio para ficar e deve movimentar de US$ 2,6 trilhões até US$ 4,4 trilhões ano a ano para a economia global. O resultado significa um aumento aproximado de 15 a 40%. Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 75% do valor do uso de IA Generativa está associado às áreas de operações do cliente, marketing e vendas, engenharia de software e pesquisa e desenvolvimento.
Esse último tópico, inclusive, é essencial para entender as necessidades da sociedade atual. Afinal, é por meio das pesquisas que conseguiremos obter soluções significativas para o espaço físico, espelhando o aprendizado obtido nas plataformas e ferramentas digitais no mundo real. No caso de serviços como energia, transporte, saneamento básico, segurança pública, educação e entretenimento, essa inteligência pode fazer toda a diferença.
Imagine se antes de tomar qualquer decisão, seja possível compreender de forma ágil o motivo do problema. A evolução das diferentes soluções tecnológicas nos mostra como é possível analisar de forma minuciosa qual é a raiz do problema, permitindo a simulação do que poderia ser executado durante a identificação da melhor maneira de demandar orçamento e energia para ele.
Claro, ainda há um longo caminho pela frente até chegarmos a esse ponto. No entanto, se olharmos para os últimos 20 ou 30 anos, veremos quantas vidas foram transformadas a partir da evolução da tecnologia, assim como surgiram novos modelos de negócios e novas formas de consumo. É impressionante a quantidade de oportunidades que estão sendo proporcionadas pela tecnologia.
Se, no passado, o foco estava na competitividade e no resultado, a tendência é que, no futuro, cada vez mais o interesse esteja mais nas pessoas e nos dados, principalmente naqueles que traduzem o comportamento e oferecem maneiras de gerar valor e criar uma sociedade em que as próprias pessoas contribuam direta e indiretamente para uma vida coletiva melhor para todos.
A minha perspectiva é de um futuro muito mais colaborativo e otimista em relação às ferramentas tecnológicas e às pessoas, e não de um cenário apocalíptico em que os humanos são substituídos por máquinas.
Entretanto, não podemos nos esquecer da nossa responsabilidade em relação ao uso da tecnologia, afinal ela abre caminhos. Quem escolhe qual seguir somos nós mesmos. Você também está pronto para viver nesse futuro?
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