*Por Fabiano Nagamatsu
Já temos uma moeda digital para chamar de nossa: o Drex. A palavra significa Digital, Real, Eletrônico e o X transmite a noção de modernidade e conexão – indo no sentido de diversos produtos digitais cujos nomes terminam com a letra X, como o próprio Pix.
O anúncio de como será chamada nossa moeda digital ainda não traz seu lançamento, que está previsto para o final de 2024. No entanto, significa que nosso Real Digital já está tomando forma. Ele poderá ser usado para transações do dia a dia e ser convertido para qualquer outra forma de pagamento.
O Drex será uma moeda oficial brasileira, regulada e emitida pelo Banco Central, mas será completamente em blockchain, assim como qualquer outra criptomoeda. A diferença entre ele uma criptomoeda como as que conhecemos hoje é justamente a centralização: enquanto o Drex é controlado pela instituição oficial que é o Banco Central, as outras são descentralizadas e criadas por projetos independentes de nações.
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No entanto, existe algo interessante na existência de uma moeda centralizada em meio às descentralizadas: a desmistificação da tecnologia. A partir de uma moeda segura e fiscalizada pelo governo, a parte do público que ainda não teve a coragem ou conhecimento para explorar o mundo das criptomoedas pode ter a curiosidade de experimentar gradualmente com outras moedas, após compreender a lógica do universo com a segurança garantida pelo Drex.
Drex e a segurança de seus usuários
O compartilhamento de informações com o Banco Central é algo valioso para que eles possam oferecer produtos adequados para cada brasileiro. Para estimular esse comportamento, o Drex terá uma lógica gamificada que oferecerá benefícios gradativos ao passo que compartilhamos nossos dados. Essa mesma estratégia já tem sido utilizada por outras instituições financeiras e tem se provado bastante eficaz.
Para quem se preocupa com a fiscalização de suas movimentações financeiras online, de fato, o compartilhamento de informações facilita o rastreio de suas atividades. No entanto, compreenda: isso já é uma realidade tanto para o Real tradicional quanto para as criptomoedas descentralizadas. O próprio uso do blockchain para garantir a segurança de transações possibilita o rastreio das transferências financeiras.
Essa é uma medida pensada em evitar sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e outras movimentações ilícitas. Quanto a fraudes, a lógica é a mesma. Sempre haverá novas formas de enganar usuários desatentos ao passo que novas tecnologias são criadas. Precisamos sempre nos assegurar de que estamos realizando pagamentos para as pessoas e instituições corretas e prestar atenção no nosso próprio comportamento.
No que tange líderes e fundadores de startups, é imprescindível que fiquemos de olho nas novidades sobre o Drex. Nossas soluções precisam se adaptar rapidamente a ele para que os consumidores possam usá-lo em suas compras.
Além disso, o mercado atualmente tem sido muito influenciado pelas tecnologias do mercado secundário descentralizado da Web3. Todas as startups têm o potencial de trabalhar também como fintechs e lidar com criptomoedas e o próprio Drex em suas carteiras digitais. Portanto, fiquem com o tema em mente e acompanhem de perto sua evolução.
Fabiano Nagamatsu é cofundador da Osten Moove, aceleradora indicada no Startup Awards, Conselheiro na Osten Invest e Osten Games, e Alumni e mentor de negócios no InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração de startups da América Latina, indicado dois anos consecutivos entre os 3 mais influentes em mentoria e investimento do Startup Awards 2019, iniciativa da Abstartups, e finalista como mentor do ano em 2020, 2021 e vencedor do prêmio em 2022.
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