* Por Eduardo Cosomano
O Brasil já passou por muitas crises socioeconômicas.
Enfrentamos a ditadura, a hiperinflação entre os anos 80 e 90, o impeachment de Fernando Collor, a crise financeira global de 2008, o impeachment de Dilma em 2016 e, mais recentemente, a pandemia e todas as consequências relacionadas a ela.
Todas essas situações, além de outras menos expressivas, mas ainda assim relevantes, trouxeram incertezas para o mercado. Alguns cenários eram possíveis de prever; outros, não. De uma maneira ou de outra, historicamente, nunca passamos muito tempo sem lidar com algum problema macroeconômico ou os efeitos deles a curto, médio e longo prazo.
Empreender no Brasil nunca parou de dar frutos
O relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o Sebrae, indicou que a taxa total de empreendedorismo no país foi de 38,7%, equivalente a 53 milhões de brasileiros, em 2019. Em comparação aos anos anteriores, a taxa acompanhou uma curva crescente com poucos picos e quedas; em 2002, no início da série histórica do estudo, o percentual era de 20,9%.
Ao longo de todo esse tempo, inúmeros empreendedores abriram seus negócios mesmo nos momentos mais intensos das crises. Outros aguardaram, e outros, ainda, nunca encontraram o momento certo. Esses últimos podem continuar parados, pois nunca vão encontrar o que estão esperando.
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Empreendedorismo e inovação são necessários para construir uma sociedade melhor
A falta de estabilidade a longo prazo é, de fato, uma complicação, mas não é necessariamente negativa. A verdade é que a quantidade de adversidades no Brasil significa que há, também, um mundo de oportunidades. Há problemas a serem resolvidos em todos os setores do mercado e em diversos aspectos da vida cotidiana.
Em outras palavras, talvez nossa conjuntura complexa seja exatamente o combustível que a inovação e o empreendedorismo precisam. É o que estamos vendo há anos e o que deve seguir acontecendo no futuro indefinidamente.
Afinal, o processo de empreender parte exatamente da premissa de que nunca haverá uma ocasião em que todas as circunstâncias são ideais. Há sempre algo a ser melhorado e é daí que nascem as melhores e mais importantes ideias.
Ainda existem tantas áreas que precisam de soluções — urgentes, até. É o caso da mobilidade em grandes cidades, da saúde, do acesso ao capital, entre outras que afetam a população diariamente.
Nem sempre há um contexto esperado para começar a empreender. Mesmo se acontecer, o caminho a partir do início pode ser bem diferente das expectativas, e será necessário bastante adaptação para se manter no jogo. Contudo, sempre há oportunidade. E isso importa mais do que todo o resto.
Eduardo Cosomano é jornalista, fundador da agência EDB Comunicação, e coautor do best-seller Saída de mestre: estratégias para compra e venda de uma startup, e do recém- lançado Ouvir, Agir e Encantar: a estratégia que transformou uma pequena empresa em uma das líderes do seu setor, ambos publicados pela Editora Gente.
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