A edtech Awari, plataforma de desenvolvimento de carreiras, recebeu um investimento de R$ 3,5 milhões, feito por grandes investidores na área de educação como Mathur Shashank, diretor da Harvard Management Company, Mike Mahlkow founder da Blair/Lambda School e Ben Hamner, CEO da Kaggle além de outros nomes de cenário econômico, como Brian Requarth, da VivaReal e Miguel-Burguer-Calderon fundador da americana Ethyca.
Em sua segunda rodada, o recurso recebido agora coloca em execução o projeto de expansão que inclui ampliar e diversificar a oferta de cursos, programa de assinaturas, aumento geográfico, além de investimento em pessoas. Em tecnologia, a edtech aposta no desenvolvimento de um aplicativo. De modo geral, com a nova solução digital, os alunos da Awari poderão assistir aulas, agendar sessões de mentoria e acessar materiais e artigos didáticos. Para os alunos, o app ainda irá facilitar diversas demandas no desenvolvimento de carreira, tudo de modo online, em tempo real.
Após a primeira rodada seed, avaliada em R$ 2,8 milhões, a Awari cresceu mais de 600% em 2021, engordando a receita em mais de R$ 7,2 milhões de faturamento em 2021, ante os R$ 1,2 milhão em 2020. A previsão para 2022 é fechar a receita em R$ 40 milhões. “A previsão é crescer aproximadamente 500% esse ano e capacitar aproximadamente 9 mil alunos até o final do ano. A expansão internacional está dentro de nosso radar já para o próximo trimestre, a começar por países como Chile, México e Colômbia.”, afirma o fundador e CEO da Awari, Fábio Muniz.
A Awari surgiu quando seu fundador recebeu uma oferta de emprego no fim de 2017 para liderar um time de design no Brasil. Após alguns anos trabalhando, em sua maioria, com empresas do exterior, percebeu que havia um déficit grande de profissionais da área de tecnologia. “Embora tenha recusado a oferta, no início de 2018, a Awari surgiu como uma proposta de formação na área de UX Design, que combinava o ensino prático e mentoria individual de especialistas do mercado”, diz o empreendedor.
Ao longo dos anos seguintes, o modelo ganhou aderência e a possibilidade de incluir novas habilidades, desde programação até ciência de dados. Atualmente, oferece cursos nas áreas de Data Science; UX/UI Design; Product Management e Web Developement.
Crescimento em números
O aporte representa mais um estágio importante de evolução da edtech no mercado. Especializada no desenvolvimento profissional para quem está entrando no mercado de trabalho, bem como para profissionais que estão em fase de transição de carreira, entre 2019 e 2020, a edtech registrou um aumento de 1000% no número de matrículas. De 2020 para 2021, o crescimento foi de 643%. Além desses valores e projeções, outros números atraíram os investidores-anjo: desde 2018, a Awari já formou mais mil alunos em cursos de data science, UX/UI design, desenvolvimento web, product management, além de uma série de programas de mentoria.
Os próximos passos consistem, essencialmente, na expansão e agregar mais valor para os alunos, por meio de orientação e coaches de carreira, e aumentar o time. Atualmente conta com cerca de 40 colaboradores e, até o final do ano, esperam chegar em 150 pessoas. Com uma base cada vez mais expansiva, para continuar alcançando essa meta, a edtech parte para um projeto ainda mais ambicioso: no próximo trimestre, a Awari expande seus horizontes ao internacionalizar sua oferta de cursos para a América Latina.
“O ensino profissionalizante está passando por mudanças rápidas no Brasil. Isso se deve ao modo como as empresas atraem, selecionam e desenvolvem talentos. Observamos essa mesma dinâmica em outros países da América Latina, ou seja, oportunidade de entregar valor às empresas. Ao longo dos próximos anos, pretendemos desenvolver nossa marca e replicar o que já funciona no Brasil e em outros mercados do continente”, conclui Muniz.
* Foto em destaque: Fábio Muniz, fundador e CEO da Awari.
Quer acompanhar de perto todos os investimentos no ecossistema de startups? Siga as redes sociais Startupi e acesse nosso ranking de investimentos do mês.
