A Coréia do Sul é o melhor exemplo que temos no mundo de um país que “deu a volta por cima”, mesmo, de verdade, pra valer. Passou de uma renda per capita anual de cerca de US$ 70 em 1960 para mais de US$ 25.000,00 (e contando) nos dias de hoje. Virou sinônimo de tecnologia e produtos de qualidade, com marcas como Samsung, LG e Hyundai.
Por que então se preocupar com startups? Para continuar crescendo, a Coréia tem que superar o seu sucesso. A Samsung representa 10% do PIB hoje. Tirando ela, o crescimento da indústria de tecnologia da informação foi zero nos últimos cinco anos! A Samsung e a LG tem posições muito fortes (e fantásticos produtos) em produtos eletrônicos (celulares, TVs etc.), mas no geral a Coréia é fraca no mercado internacional em redes de dados, plataformas digitais (aqui Google e Apple dominam mesmo) e conteúdo, o que cada vez mais direciona os fluxos de valores. Por isso há o desafio de criar startups e fazê-las crescer.
É preciso gerar conteúdo, redes sociais, novas plataformas e levá-los para o mundo. Isso passa e passará por startups. Mas não pára por aí.
Você sabia que a Coréia do Sul é deficitária no comércio internacional de tecnologia da informação e comunicações? Ou seja: compra mais do que vende. Por que isso? O motivo é simples: os celulares, tablets, TVs, geladeiras, carros etc. usam cada vez mais sensores, micro dispositivos, chips. Esses são itens que a Coréia não produz localmente, ela importa. Então, a ênfase em startups não é só em empresas digitais mas também, e muito, em startups de hardware. Veja a lista de tecnologias chaves abaixo.
É aquela história: combinar startups de hardware e software e construir os negócios do futuro.
O Governo da Coréia do Sul lançou várias iniciativas para promover novas tecnologias e startups. E as grandes corporações estão entrando no jogo, como mostra o exemplo da Dream Bank, que vou contar em outro artigo aqui no Startupi.
Foto: Trey Ratcliff/Flickr (CC)