* Por Clemilda Thomé
Em 21 de abril é celebrado o Dia Mundial da Criatividade e Inovação, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017, com o objetivo de voltar os olhares para a necessidade dessas duas virtudes na resolução de problemas.
No mundo do empreendedorismo, temos uma grande e necessária presença desses dois elementos para solucionar possíveis problemas que aparecem no caminho, ou mesmo para traçar o melhor plano ou estratégia para o sucesso do negócio. Não é novidade que um empreendedor precisa trabalhar sua criatividade constantemente para se manter em lugar de destaque, assim como também precisa inovar e acompanhar as tendências de mercado para que seu negócio cresça ainda mais.
Para que você tenha uma ideia, as indústrias culturais e criativas produzem cerca de US$2,25 bilhões de receita, além de gerar pelo menos 29,5 milhões de empregos pelo mundo, de acordo com dados da ONU. Ou seja, a criatividade e a inovação são capazes de ajudar e movimentar o crescimento econômico, cultural e gerar centenas de novos empregos.
Mas, nós sabemos que com a chegada da pandemia, o uso desses recursos passou de um lugar de importância, para um posto fundamentalmente estratégico para manter os negócios funcionando. Enquanto muitas pessoas precisaram fechar definitivamente as portas de seus comércios, outros apostaram todas as suas fichas em abrir novos empreendimentos, aproveitando as demandas do atual cenário, ou reinventaram sua forma de atuar, aprimorando produtos e/ou serviços de acordo com as necessidades de agora. Logo, tanto a criatividade e a inovação são fatores que caminham juntos.
O brasileiro, que sempre foi um símbolo de fazer do limão uma limonada, mais do que nunca tem colocado isso em prática. Para cada tipo de atuação foi desenhada uma nova forma de trabalho: o oferecimento de delivery para um negócio que só tinha atendimento em salão, ou o esquema drive-thru para retirada de produtos. Negócios pequenos, que não tinham presença na internet, precisaram ingressar no mundo da transformação digital e passaram a atuar com site, apps e atendimento via WhatsApp. O espaço da casa que foi transformado em home office funcional para executar as tarefas com maestria e manter a equipe de trabalho unida e os vizinhos do condomínio que passaram a oferecer comidas caseiras como uma renda extra ou até como uma nova forma de empreender.
O momento atual pelo qual passamos desde 2020 exige muita capacidade de lidar com mudanças, e quando olhamos para isso com bons olhos, como algo que vai nos tirar da zona de conforto, a chance de sucesso é imensa.
Diversificar e arriscar (com responsabilidade, é claro) são fatores importantes para uma evolução constante e necessária. Digo isso porque hoje controlo uma Holding com diferentes tipos de negócios. Então, falo com experiência de causa: é preciso variar, trazer novos elementos, traçar metas e objetivos, ter determinação e estar sempre de mente aberta para pensar completamente fora da caixa, porque para fazer a diferença e contribuir de alguma forma para um mundo melhor é preciso estar sempre pronto para mudanças criativas e inovadoras.
Esse foi meu pensamento quando comecei a empreender, sem renunciar a objetivos claros e bem definidos, estudo, pesquisa, networking e uma equipe de excelência, pois sozinhos não chegamos a lugar algum!
É preciso estar disposto a mudar, se necessário, e esse momento é crucial. O empresário, do grande ao pequeno, percebe cada vez mais a importância de acompanhar as necessidades dos seus clientes e as mudanças do mundo, e isso só é possível com o uso da criatividade e da inovação.
* Clemilda Thomé, nascida em 1954, na Cidade de Sapopema, interior do Paraná, filha de pais agricultores, foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça.