* Por Diogo Catão
Para entrar no mercado, uma startup precisa seguir três passos. O primeiro é identificar uma dor que determinado segmento vivencia. Essa dor, sobretudo, não deve ser atendida ou correspondida em sua plenitude. Ou seja, há lacunas que sua companhia pode preencher.
O segundo ponto é compreender o tamanho da área de atuação. Atualmente, há setores que movimentam milhões e até bilhões de reais. Analise os players que atendem a esse campo, direta e indiretamente, e compreenda como desempenhar a solução da melhor e mais completa maneira.
Tudo isso já traça os caminhos para a terceira etapa: identifique o seu principal diferencial competitivo. A partir disso, faça seu MVP (Mínimo Produto Viável) para validar a solução conforme a necessidade do mercado.
Uma startup precisa crescer rápido e aumentar seus ganhos, por isso, definir um valuation certeiro é de extrema importância. Isso porque a empresa está dentro de uma trilha de investimento, portanto é necessário aumentar proporcionalmente sua estrutura, com impacto mínimo nos custos e nas despesas. Para crescer dentro dessa perspectiva, é preciso captar recursos de terceiros. Esses investimentos devem ser validados e podem vir de duas iniciativas: a pública e a privada.
Com o valuation bem estipulado, o investidor sabe o quanto pagar por um percentual da sua startup. Além disso, demonstra alto nível de maturidade, ou seja, conclui-se que o CEO tem conhecimento pleno sobre a empresa. Esse valor só tende a crescer de acordo com o nível de desenvolvimento da startup, da entrega do time e do progresso da solução.
Existem diferentes métodos para calcular o valor de uma startup. Quando está nos primeiros passos, apenas validando a solução, há o método Berkus, por exemplo. Trata-se de uma avaliação qualitativa que analisa o potencial de mercado das startups, entre outras variáveis que não se voltam necessariamente ao faturamento.
Agora, quando a solução já está faturando, existem outros métodos viáveis, como avaliar o faturamento dos últimos 12 meses, o fluxo de caixa descontado, os múltiplos de mercado, entre outros.
Atualmente, as empresas de tecnologia listadas no Ibovespa estão relativamente com desconto. Isso impacta o valuation de startups. Porém, é importante destacar que os investimentos do tipo são em médio e longo prazo. Sendo assim, o impacto é reduzido quando comparado com as empresas de tecnologia que estão na bolsa e contam com liquidez diária.
Independente do nível em que a startup se encontra, parcerias são importantes e, no caso de empresas emergentes, são vitais. Isso porque em uma jornada a longo prazo, pessoas com potenciais de gerar conexões precisam estar por perto. Sendo assim, a união de agentes fomentadores do empreendedorismo e da inovação, tanto na esfera pública quanto privada, ajuda a destravar etapas burocráticas.
Uma Corporate Venture Builder, por exemplo, potencializa o desenvolvimento econômico da startup. Nesse ecossistema de inovação, há apoio jurídico, comercial, de estruturação, contato com players, investidores etc. Trata-se de um suporte que pode ser decisivo para o sucesso do negócio.
Diante disso tudo, definir o valuation é mais uma etapa crucial que pode ajudar a reconhecer e defender a capacidade da solução e da startup como um todo. Vale lembrar que o cenário das empresas jovens, inovadoras e disruptivas é promissor, com perspectivas de crescimento em diversas esferas para 2023. Portanto, sempre é válido se aprimorar e conhecer o seu valor cada vez mais.
Diogo Catão, CEO da Dome Ventures, uma Corporate Venture Builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil.
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