* Por Diogo Catão
Preparar uma startup para receber investimentos exige um conjunto de atividades. A definição da estratégia e de um modelo de negócio consistente, a boa governança corporativa e a presença no meio digital são algumas prioridades. Mas o principal é desenvolver um produto que solucione uma dor latente no mercado, uma demanda normalmente negligenciada pelos potenciais competidores em um setor de grandes dimensões.
Quando falamos em mercado a nível nacional, por exemplo, isso é bastante atrativo para uma venture capital e investidores-anjo realizarem aportes. Se esse for o caso, é importante ir validando os resultados com os primeiros clientes.
Assim, a marca vai crescendo e aumentando o faturamento, conforme vai ganhando tração com os novos parceiros. É imprescindível ter a capacidade de replicar e escalar os processos cada vez mais rápido.
Já a boa governança corporativa contribui para transmitir uma imagem positiva do empreendimento. Promover transparência financeira, controles internos adequados e manter uma postura de credibilidade, divulgando os processos, as experiências e a reputação do portfólio de clientes são dicas para garantir visibilidade e autoridade para o negócio.
Outro ponto importante é a gestão dos investimentos, que requer muita organização. É necessário estabelecer metas em longo prazo, monitorar regularmente o desempenho do que foi investido e adotar práticas sólidas para fiscalizar se os gastos estão dentro das rubricas adequadas, conforme foi exibido no planejamento. Também é preciso manter uma reserva financeira para lidar com os possíveis riscos, o que ocorre bastante quando falamos de startups em níveis iniciais.
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Etapas de investimentos em startups
Presença marcante no mundo dos investimentos em startups, os aportes Séries A e B ocorrem em momentos diferentes do ciclo de vida de uma companhia inovadora.
O Série A, por exemplo, é normalmente a primeira rodada de investimento de risco depois da fase inicial com o investidor-anjo, pré-seed, seed money etc. Essa rodada geralmente é utilizada para financiar o desenvolvimento do produto, contratar profissionais e aumentar a base de clientes. É a primeira etapa.
Já o aporte Série B ocorre quando a empresa já estabeleceu sua posição no mercado e está pronta para acelerar seu crescimento. Nessa etapa, a marca já tem um produto bem definido e uma base de clientes fiéis.
Então, a Série B geralmente serve para expandir a equipe, desenvolver novos produtos, adquirir outras startups e ampliar a presença da empresa em novos mercados – outros estados, outras regiões e até outros países, dependendo do modelo de negócio.
Os investidores que participam do aporte Série B geralmente têm expectativas mais altas de retorno em relação aos investidores envolvidos na Série A, uma vez que a startup já está mais estabelecida. Além disso, o nível de risco é um pouco menor, tendo em vista que a companhia já passou por uma fase de validação de crescimento. Logo, são expectativas diferentes.
Dicas para atrair investidores
A principal dica para startups que buscam investidores é fazer o dever de casa, ou seja, cumprir obrigações fundamentais. Antes mesmo de buscar investimentos, é importante que a equipe fundadora tenha um plano de negócios bem definido.
Assim, é fundamental ter visão de mercado, compreender o problema que está buscando resolver, deixar claro como a sua proposta de solução se diferencia das outras que já existem e analisar a concorrência. Também é necessário que a startup tenha uma equipe com profissionais qualificados, engajados e complementares para que o negócio deslanche, gerando resultados consistentes.
Quando tudo isso estiver sólido, será mais fácil buscar recursos de maneira estratégica, identificando os investidores e quais deles poderiam agregar valor além do capital. É preciso lembrar que o processo de captação de investimentos pode ser longo, leva pelo menos seis meses. Mas com uma base estruturada e uma estratégia bem definida, as chances de sucesso são boas.
Para os empreendimentos que já receberam financiamento, existem algumas recomendações a serem consideradas. Primeiro de tudo: avalie com precisão a real necessidade de capital. Na maioria dos casos, a escadinha da trilha de investimentos da startup é seguir por rodadas subsequentes, mas antes de buscar aporte é importante avaliar cuidadosamente as necessidades do seu negócio.
É possível analisar outras possibilidades de financiamento, como empréstimo e parceria estratégica, que possam ser mais adequadas para o momento atual. Outro ponto de atenção é que os empreendedores precisam apresentar resultados para os investidores. Tanto para os que já investiram como para os que estão em busca de fazer novos aportes.
Por isso, é importante que a startup apresente o histórico de crescimento e as métricas positivas, para que o investidor saiba o que foi bem-sucedido e se mostre disponível para fazer aportes subsequentes. Por fim, esteja sempre aberto para feedbacks e parcerias. Além do investimento, é essencial não desperdiçar possibilidades de apoios comerciais ou algo que possa alavancar o crescimento da sua marca.
Diogo Catão, CEO da Dome Ventures, uma Corporate Venture Builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil.
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