* Por Stephanie Peart
Você assina algum streaming de vídeo? E de música? Seu plano na academia é ou já foi semestral ou anual? Recebe vinhos todos os meses? E cestas com itens orgânicos? Livros? Produtos para os pets? Itens de beleza? Seu celular é pós-pago e a conta é debitada automaticamente todos os meses? Já aderiu a um smartphone por assinatura?
Imagino que você respondeu sim para a maior parte das perguntas acima. Para se ter uma ideia, metade dos consumidores brasileiros mantém entre seis e dez assinaturas de produtos e serviços. Além disso, sete em cada dez gastam mais de R$ 100 por mês com essas assinaturas. Esses números estão na pesquisa Assinaturas: como os brasileiros consomem serviços e produtos recorrentes, encabeçada pela Vindi, plataforma de pagamentos on-line e de gerenciamento de pagamentos recorrentes, do Grupo Locaweb.
A era “as a service” já é uma realidade, e com ela, oferecer experiências personalizadas passa a ser cada vez mais importante. O consumidor – mais exigente do que nunca – quer pagar justamente por aquilo que consome e ter à disposição ofertas de produtos e serviços desenvolvidos especificamente para suas necessidades.
Com as assinaturas, as empresas passam a cultivar relacionamentos de longo prazo com os consumidores, o que possibilita coletar feedbacks e mapear detalhadamente os interesses de cada cliente para oferecer soluções, planos e preços hiperpersonalizados. O algoritmo do Netflix, as ofertas da Amazon e até do Pão de Açúcar são alguns bons exemplos.
Modelos de negócios que apostam em personalização têm conquistado cada vez mais espaço no mercado e se apresentam como peça-chave para a retenção de clientes. Além de estabelecerem um relacionamento mais próximo com os consumidores, levando em conta as suas necessidades e seus interesses, estimulam a fidelização e geram melhores índices de satisfação, além de, é claro, aumento nas vendas.
Estamos vivendo uma verdadeira revolução nas relações comerciais. As empresas que forem capazes de navegar por todas as possibilidades da era dos serviços digitais sairão na frente. No futuro, oferecer ofertas e serviços personalizados não será mais um diferencial e sim uma questão de sobrevivência. O que sua empresa está fazendo para se preparar?
Fica a reflexão.
Stephanie Peart é empreendedora e head da Leapfone, startup do segmento de Phone as a Service, que permite que mais brasileiros tenham acesso a smartphones poderosos por meio de assinaturas de aparelhos novos e como novos.