* Por Elaine Cajui
Por não apreciar rótulos que não sejam de bons vinhos, não vou deixar você me catalogar como baby boomer, Y, Z, ou outra etiqueta. Sou mulher por natureza, cisgênero e heterossexual, mãe por opção e jornalista por ser apaixonada pela escrita e pelo saber. Prazer em ter você por aqui, me lendo!
A partir do próximo parágrafo, compartilho um segredo sobre chips de inovação, inclusive nasci com um.
Novo normal, se reinventar, adaptação, são conceitos que fazem parte do meu DNA. Inovar foi a forma de lidar com a diferença (pra não cair no costume e dizer deficiência) física de nascimento. Vim com diferencial de fábrica — acredite, anormais, pra mim, sempre foram os outros (risos!).
Acabei empreendendo desde a infância, sem mindfulness ou MBA, que não existiam até então. Risco calculado ou loucura?
Para compreender e sentir melhor a situação, desafio você a cortar um bife suculento, preferencialmente bovino, usando somente uma das mãos. Tente e depois me conte como foi a experiência. Na torcida para que esteja macio esse bife.
Outro desafio para o qual tive que me inscrever no curso de CORAGEM avançada: dar banho no bebê. Parafraseando um célebre slogan de sutiã, poderia dizer ‘O primeiro banho num recém nascido, a gente nunca esquece’. Depois do frio na barriga, foi inesquecível o gostinho de vitória ao ter finalizado sem quedas ou outra tragédia. Ousadia ou loucura? Empreendedores dirão que foi, digamos, risco calculado.
No âmbito profissional, após realizar o sonho de trabalhar em grandes redações, há cerca de 17 anos eu estreava a ‘minha’ redação. Sim, esse mesmo home office que o mundo só enxergou como opção agora. Assim, conciliava o cuidado com os filhos então pequenos e uma rotina inovadora (ou insana, fica a seu critério): tocar minha agência de comunicação especializada na área da saúde.
Chip de inovação: pioneirismo x tradição
‘Todo mundo faz assim, ninguém faz desse outro jeito’… O preço do pioneirismo é pago com persistência, como meu ‘chip de nascença’ sempre me faz lembrar.
O que uns chamam de cara de pau e outros de audácia foi o recurso que utilizei para captar os primeiros clientes com a missão de convencê-los (enquanto nem o tio Marc, o Zuckerberg, imaginava o uso de Ads para seu recém-criado Facebook), a confiar na minha estratégia de branding e marketing nas redes sociais. “Nenhum profissional de saúde que se preze faz isso, parece propaganda!”, muitos diziam.
Pioneirismo não é para os fracos!
Assim, passei a atuar e me especializar em comunicação na área da saúde: criar sites, administrar perfis profissionais nas redes (algo que ninguém fazia), escrever blogues, dar palestras, workshops, campanhas nacionais, e o mais recente match é o motivo de estar escrevendo nesse espaço nobre.
Meu perfil se encaixou perfeitamente no que uma startup de fisioterapia precisava para cuidar da sua comunicação digital. Afinal, sou assídua em tratamentos musculoesqueléticos por motivos óbvios.
Conheço a arte de se comunicar e os perrengues que alguém com dores ou problemas na coluna, nos membros inferiores, e em outras partes do corpo, vivencia.
Na Tato Fisioterapia Inteligente, além da imersão na Saúde Musculoesquelética, com a qual tinha então familiaridade, vieram novos desafios: me adaptar à rotina de uma empresa jovem, que funciona graças à tecnologia, desde à administração ao foco principal, o teleatendimento.
Reuniões de times, fluxos operacionais, utilização de ferramentas digitais para viabilizar funcionamento, convivência e produção à distância. Desafios que tive e tenho diariamente numa startup: tudo muda o tempo todo.
Sabe aquela agradável sensação da zona de conforto? Então, se você quiser inovar, ser disruptiva, empreender, permanecer estatística não é a via de regra. Esqueça! Pelo contrário: a regra é superar, mudar constantemente em busca do melhor, aprender sempre, usar o que é mais atual, compatível, custo efetivo.
Essa é a vibração que impulsiona organizações em tecnologia e inovação. Tive que fazer um upgrade feroz no meu chip pois, nesse organismo dinâmico que é a startup, só fica quem tem esse mindset que mistura um pouco de visionário com boa dose de realidade, organização e ousadia.
Quer saber como sobreviver e se dar bem em open innovation, empreendedorismo e tecnologia? Aprenda um novo idioma, o « startupês », aprimore suas competências em todas as esferas, principalmente na utilização de recursos tecnológicos e acostume-se a viver em constante evolução.
Não é para os fracos; é para quem curte uma boa aventura… Estou adorando! E você, topa?
Elaine Cajui é jornalista, diretora da Agência de Comunicação Escrita Médica e diretora de Comunicação da Tato Fisioterapia Inteligente, startup do Cubo Itaú. Há 17 anos, ela produz conteúdo especializado, sites, blogs, redes sociais, workshops, palestras e atua em assessoria de imprensa e consultoria para profissionais da saúde.