A carteira do Fundo Anjo, que conta com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como investidor-âncora e cuja gestão é de responsabilidade da gestora de Venture Capital DOMO Invest, já conta com oito startups. São elas, Enjoy, QR Capital, 7Waves, RadarFit, Open Startup, Speedbird Aero, Arbo e Closecare.
Os investimentos nesse fundo contemplam startups com faturamento anual inferior a R$ 1 milhão e atuação nos mais diversos setores, a exemplo de Economia Criativa (B2C, O2O, B2B, logística), Agronegócios, Saúde e Biotech, Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), Fintechs e Cidades Inteligentes. Os aportes feitos nessas oito startups totalizam R$ 2,5 milhões e foram lideradas pela DOMO Invest.
“Estamos animados com as perspectivas do Fundo Anjo, pois o empreendedorismo e inovação estão em linha com a própria missão do BNDES”, afirma Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Credito Indireto. “O Fundo Anjo é uma iniciativa pioneira no país e materializa o apoio às micro e pequenas empresas inovadoras como uma das alavancas de desenvolvimento econômico e social. O sucesso dessa iniciativa é motivo de orgulho para o BNDES”, complementa Pablo Valente de Souza, Superintendente da Área de Mercado de Capitais, Participações e Reestruturação de Empresas.
“É gratificante poder gerir esse fundo em parceria com o BNDES, uma vez que estamos alinhados quanto ao potencial do empreendedorismo em nosso País. Poder apoiar iniciativas no estágio Anjo nos possibilita adicionar valor a esses negócios, buscando dar maior solidez para que tenham sucesso em futuras rodadas de investimento, tão logo tenham seu produto validado e sua capacidade de execução comprovada”, complementa Franco Pontillo, sócio gestor do Fundo Anjo e da DOMO Invest.
Fundo de Coinvestimento Anjo
O Fundo Anjo é uma iniciativa desenvolvida e capitaneada pelo BNDES, cujo início se deu julho de 2019 com um patrimônio de R$ 76 milhões, dos quais R$ 40 milhões eram do BNDES e o restante proveniente de outros investidores (BRDE e Bossa Nova) e da própria Domo Invest.
Recentemente, o Fundo Anjo aumentou sua base de cotistas (BANRISUL, BADESUL, BNB e BANDES) e passou a dispor de um patrimônio R$ 142 milhões, com o investimento âncora do BNDES tendo atingido R$ 60 milhões.
O crescimento do patrimônio do Fundo, reflexo da entrada de novos investidores, representa o mérito da iniciativa liderada pelo BNDES. Apesar da crise decorrente da pandemia da covid-19, a Domo Invest, gestora do Fundo Anjo acredita que a meta de investimento em 20 startups – empresas nascentes de base tecnológica – possa ser atingida até o fim de 2020.
Nos primeiros nove meses de operação, os gestores e analistas do Fundo Anjo falaram com mais de 600 sócios-fundadores de startups e selecionaram até o momento 14 delas. O Fundo já possui na sua carteira 8 startups com compromisso de investimento firmado.
Com o apoio a estas startups, o banco atua no fomento do mercado de capitais para esta modalidade de investimento e no estímulo ao ecossistema de inovação. O fundo supre uma lacuna de mercado, ao prover recursos em duas fases essenciais.
No primeiro estágio, o investimento-anjo é o que viabiliza o próprio nascimento da empresa. E no momento seguinte, as startups que atingirem o patamar de pequena empresa inovadora se tornam elegíveis a uma nova capitalização para acelerar seu crescimento. Esses investimentos adicionais, para cada startup, podem atingir até R$ 5 milhões.
Selecionada por chamada pública realizada em 2018, a Domo Invest é a gestora do Fundo e, portanto, responsável pelo mapeamento das empresas, articulação com aceleradoras e investidores-anjo, e pela captação de outros investidores. Previsto para durar 10 anos, o fundo terá período de investimento de cinco anos, que poderá ser prorrogado por dois anos.