Big techs, como o Google, em parceria com um grupo de notícias e legisladores-chave da Califórnia, anunciou um acordo inédito que visa injetar até US$ 250 milhões em redações locais ao longo dos próximos cinco anos. Esse acordo, que combina recursos do Google, parceiros e outras fontes privadas, é uma medida para estabilizar a indústria de notícias californiana, que tem enfrentado dificuldades financeiras, incluindo demissões em massa e o fechamento de redações.
Acordo surge após vitória das big techs na Corte
Em maio de 2023, a Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu vitória às gigantes da tecnologia, com a decisão de isentar as plataformas online de responsabilidades legais por materiais postados por terceiros, amparadas pela Seção 230 do Communications Decency Act, uma lei de 1996 que protege amplamente as plataformas de mídia social de ações judiciais decorrentes do conteúdo de usuários.
Essas decisões da justiça foram vistas como um marco na defesa dos interesses das big techs, pois os juízes rejeitaram processos que buscavam responsabilizar empresas como Google e Twitter por conteúdos associados ao terrorismo em suas plataformas.
Acordo do Google deve direcionar recursos para grupos sub-representados
O acordo permite ao Google contornar o projeto de lei proposto na Califórnia que exigiria que empresas de tecnologia remunerassem veículos de imprensa sempre que exibissem anúncios ao lado de reportagens. O governador Gavin Newsom celebrou a iniciativa, destacando que o acordo “ajudará a reconstruir um corpo de imprensa robusto e dinâmico na Califórnia por muitos anos, reforçando o papel vital do jornalismo em nossa democracia”.
O acordo na Califórnia, estabelece um Fundo de Transformação do Setor de Notícias, que será administrado pela Escola de Jornalismo da Universidade da Califórnia, Berkeley. Esse fundo tem como objetivo preservar e expandir o jornalismo local. Um total de 12% dos recursos será destinado a publicações voltadas para grupos sub-representados e publicações locais.
Além disso, o Google investirá US$ 62,5 milhões na criação de um Acelerador Nacional de Inovação em Inteligência Artificial, que apoiará organizações de diversos setores a experimentarem com IA para melhorar seus trabalhos. Outros gigantes da tecnologia, como Amazon e Meta, também estão sendo pressionados a contribuir mais para o financiamento das notícias locais.
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