A Amazon anunciou na semana passada que suspenderá por um ano o uso de seu programa de reconhecimento facial Rekognition pela polícia. A empresa pediu ainda fortes regulamentações governamentais para que sua tecnologia seja usada de forma ética futuramente.
“Defendemos que os governos devem estabelecer regulamentos mais rígidos para governar o uso ético da tecnologia de reconhecimento facial e, nos últimos dias, o Congresso parece pronto para enfrentar esse desafio. Esperamos que esta moratória de um ano dê tempo ao Congresso para implementar regras apropriadas e estamos prontos para ajudar, se solicitado”, diz a empresa em comunicado.
A Amazon afirma também que a tecnologia continuará sendo usada por organizações como Thorn, o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas e o Marinus Analytics usem o Amazon Rekognition para ajudar a resgatar vítimas de tráfico humano e reunir crianças desaparecidas com suas famílias.
A decisão ocorre em um momento em que os Estados Unidos passam por diversas ondas de protestos contra a violência policial e racismo após a morte George Floyd, um afro-americano sufocado por um policial no último mês.
Anteriormente ao anúncio da Amazon, a IBM também anunciou a suspensão de tecnologia de reconhecimento facial na semana passada. “A IBM se opõe firmemente e não tolerará o uso de nenhuma tecnologia, incluindo a tecnologia de reconhecimento facial oferecida por outros fornecedores, para vigilância em massa, criação de perfil racial, violações de direitos humanos e liberdades básicas ou qualquer finalidade que não seja consistente com nossos valores e Princípios de Confiança e transparência”.