O Anymarket, hub de integração de vendas em marketplaces, adquiriu a Centry, software omnichannel presente no Chile (onde exerce liderança), Peru e Colômbia. Juntas, as empresas atenderão mais de 2.500 lojas integradas em toda a América Latina, consolidando o hub como líder LATAM e oferecendo integrações com: Mercado Libre, Amazon, Dafiti, Linio, Ripley, Falabella e Paris, todos de muito sucesso no continente. A aquisição leva também à incorporação de mais de 20 colaboradores de alto nível, e 4 sócios se juntam ao quadro do ANY.
Ainda neste mesmo mês de julho, o hub pertencente ao Grupo DB1, formado por empresas brasileiras de tecnologia que atuam na América Latina e Estados Unidos, concretizou a aquisição da Sagal, hub líder de integrações de marketplaces do Uruguai. Com ambas as marcas, o Anymarket alcança o número de R$ 10 bilhões em GMV nos últimos 12 meses. Além disso, objetivo de tornar os marketplaces LATAM ainda mais acessíveis aos sellers ganha corpo e velocidade. Mesmo os novos sellers terão a oportunidade de firmar contratos globais, recebendo um alto nível de qualidade em suas operações independentemente dos países escolhidos.
Para Rodolfo Helmbrecht, CEO do Anymarket, as aquisições recentes são apenas o início de uma operação global, mirando em novos continentes. “Nossa expansão LATAM atesta a competência do time para atuar em novos mercados sem perder de vista a qualidade e o atendimento próximo a cada seller. Com a consolidação na América Latina, podemos agora ter uma oferta única para sellers que vendem ou pretendem vender em outros países. A nossa competitividade só é possível em escalas como essas graças à capacidade e resiliência do time ANY e de todo o Grupo DB1, cada passo é estratégico, mais leve e mais assertivo”, afirma.
Como se deu a negociação
A negociação com a Centry teve início com o objetivo de criar uma empresa global de integrações, aliando grandes players da América Latina para formar uma companhia com solução global para os clientes. Com o movimento, os sellers atendidos pelo ANY passam a poder operar nos 7 países (Brasil, Chile, Uruguai, Argentina, México, Peru e Colômbia) e em vários deles com a plataforma líder no mercado.
Com a liderança da Centry no Chile, o Anymarket ganha um know-how ainda maior no país, além de poder expandir suas estratégias de growth também na Colômbia e Peru. A empresa espera também caminhar para uma atuação em Cross Border, ajudando clientes nesse tipo de operação de vendas internacionais.
Juan Francisco Salas Correa, cofundador da Centry e agora sócio Anymarket, destaca o quanto o processo até a assinatura do contrato foi baseado em um fit cultural: “Foi um processo marcado pela honestidade e intenções sinceras entre as partes. Sem dúvida, o elemento que nos convenceu foi que compartilhamos o mesmo DNA cultural entre as empresas. Ser gente boa está acima de tudo e essas pessoas também têm a intenção de ser a melhor versão de si mesmas ao perseguir um sonho. Pessoalmente, hoje posso dizer que estou apaixonado pelo projeto global que estamos construindo junto com a Anymarket”, explica.
Crescendo contra a corrente
Assim como o Anymarket, as demais empresas do Grupo DB1 seguem com estratégias ambiciosas e contratações massivas. Crescendo organicamente, sem aportes ou investimentos de mercado, o Grupo dobra de tamanho a cada 3 anos. Em 2021, o faturamento chegou a R$ 115 mi, marcando uma alta de 44%. Atualmente, a DB1 soma mais de 750 colaboradores distribuídos por todo o Brasil e na América Latina, e seu ritmo de contratação continua.
O crescimento exponencial impressiona quando comparado ao movimento do mercado tecnológico. Além das empresas em desaceleração já citadas, outras gigantes como Quinto Andar, Loft e Facily demitiram mais de 400 pessoas em uma semana. O freio das startups e demais empresas tech se dá pela dificuldade que elas vêm enfrentando para captar novos investidores e alta taxa de cash burn (velocidade com que se queima caixa).
A estratégia de reduzir a folha de pagamentos e repriorizar projetos visa melhorar as margens para que essas empresas voltem a ser atrativas para investidores, visto que em 2022 diversos países aumentaram suas taxas de juros, inclusive no Brasil. Dessa forma, a renda fixa passou a ser mais atrativa e segura, mudando os rumos dos investidores e afugentando o capital de risco.
Para o Presidente e fundador do Grupo DB1, Ilson Rezende, o crescimento a qualquer custo nunca fez parte dos planos da empresa e as demissões não são estratégias em jogo. “Abrir mão da sustentabilidade de crescimento anula qualquer estratégia que visa ser exponencial. Considerar as demissões como um atalho para reverter um cenário como esse vai contra a cultura DB1 de valorizar as pessoas e envolver o espírito de equipe em cada projeto. Na DB1, nossos planejamentos sempre levam em consideração o que pode ser feito com nossos próprios recursos, sem arriscar os times e nossa relação de confiança com os acionistas”, conclui.