* Por Victor Braga
Muita gente prefere nem pensar nessa possibilidade, mas imagine que sua empresa acaba de ser obrigada a parar todos os processos de vendas por uma situação técnica. Na prática, todos aqueles que estavam dentro de suas lojas, comprando no site ou tirando dúvidas no aplicativo acabam sendo perdidos – até que as soluções sejam aplicadas. Péssimo? Então, saiba que a Computação em Nuvem é um caminho para simplificar o trabalho necessário para se evitar situações como estas.
Afinal de contas, você sabe quantos discos, memórias, processadores e máquinas estão sendo usados para sustentar sua operação por completo? Consegue prever quando um desses itens precisará ser trocado ou reprogramado? Caso sua resposta tenha sido não, não se preocupe. Em um mundo com dezenas de milhares de integrações e correlações, é humanamente improvável que as companhias consigam ter este tipo de controle sempre à mão.
É neste contexto que a nuvem tem ajudado a simplificar a operação de TI das empresas. Com ela, por exemplo, é muito mais fácil escalar ou trocar de ‘máquinas’, mesmo que elas estejam fisicamente distantes de sua operação. Em outras palavras, caso uma intercorrência aconteça, a Cloud Computing por si só já representa um ganho de agilidade à estrutura tradicional, on-premise.
Além disso, há um enorme campo de economia a ser comentado. A redução no tempo de resposta a incidentes, por exemplo, é apenas uma das muitas formas de se economizar usando as aplicações em nuvem: existe a vantagem de não ser mais o responsável pelas máquinas, ter uma equipe monitorando o hardware local e, ainda, o custo em relação aos upgrades necessários para manter tudo em pleno funcionamento.
A Computação em Nuvem é, portanto, um caminho para criar ambientes de alta disponibilidade operacional, com desempenho íntegro e adequado. Não por acaso, pesquisas de empresas como o Gartner indicam que os investimentos em Cloud deverão crescer mais de 30% este ano, mantendo este ritmo de expansão até pelo menos meados dessa década. Estamos falando de uma tecnologia que permite maior inovação técnica das organizações, sem a necessidade de cuidar dos detalhes de TI – é mais fácil focar o core business da operação.
De acordo com outro estudo, dessa vez conduzido pelo IDC, destaca que os gastos com Nuvem no modelo de Infraestrutura as a Service (IaaS) deverão crescer cerca de 27% em 2021. A análise da consultoria salienta que a Cloud vem sendo prioridade nas companhias, principalmente por ajudar a impulsionar a inovação na economia digital. Essa corrida tem explicação, uma vez que a Cloud é, hoje, uma arma capaz de acelerar os processos de uso de novas tecnologias e, ainda, ampliar a resiliência dos negócios em curto prazo.
Seja para um novo projeto ou expansão de alguma área em específico, a Nuvem reduz o time to go das iniciativas, maximizando o retorno feito pelas companhias. Em vez de contratar máquinas dimensionadas para os picos de operação, por exemplo, é possível contratar os recursos específicos para a realização das atividades a serem suportadas por aquele projeto (no tamanho atual) e criar planos automatizados para suportar momentos de picos, sem se preocupar com a disponibilidade do ambiente.
Isso significa a chance de investir em áreas mais estratégicas e de acompanhar o crescimento das instalações de acordo com as demandas. Não é preciso esperar algo parar para trocar ou para expandir os recursos de processamento, armazenamento, gestão e integração de recursos. Essa é uma vantagem de se contratar a Nuvem, sobretudo em comparação aos tradicionais modelos de infraestrutura de TI.
A Nuvem tem se tornado um tema recorrente nas discussões estratégicas, quase sempre acerca das possibilidades que essa tecnologia oferece para ajudar as companhias a crescerem. A Cloud Computing, no entanto, é também um elemento essencial para sustentar as operações atuais, dentro dos panoramas e modelos vividos pelas empresas na era atual.
Não precisamos, portanto, pensar que o investimento em recursos baseados em Nuvem é uma iniciativa para o futuro., com a elasticidade e mobilidade esperada para um segundo momento. Ao contrário. Adotar e implementar infraestrutura é uma forma de simplificar o monitoramento das redes, melhorar a previsibilidade dos gastos e otimizar ao máximo a disponibilidade das ferramentas de tecnologia dentro dos negócios. Não é o amanhã; é o agora. Resta saber, apenas, quem está preparado para entender e voar rumo às Nuvens.
* Victor Braga é arquiteto de Soluções da Mandic Cloud Solutions