* Por Guilherme Cavalcante
É bem provável que você já tenha sido impactado pelo gerador de imagens Dall-E ou pela ferramenta criativa de geração de texto ChatGPT, da OpenAI. Basta abrir o Instagram e o WhatsApp e se deparar com milhares de avatares futurísticos de seus amigos, gerados pelo app da Lensa.
Para começar, nada melhor do que entender o que é o ChatGPT perguntando para ele mesmo se definir:
“Eu sou o ChatGPT, um modelo de linguagem treinado pela OpenAI. Fui treinado usando uma grande quantidade de texto da internet para ser capaz de responder a perguntas e gerar texto com fluência e coerência. Minha capacidade de entender e gerar texto é semelhante a de um ser humano, mas ainda estou sendo melhorado constantemente para aperfeiçoar minhas habilidades. Posso responder perguntas sobre uma variedade de tópicos e ajudá-lo com tarefas como traduções, geração de texto e resolução de problemas. Estou sempre pronto para ajudar!”
A pergunta é: como a mobilidade pode ser afetada pelas transformações tecnológicas? A inteligência artificial, por exemplo, busca facilitar operações como um todo e deve trazer mudanças para o conceito e planejamento de mobilidade urbana.
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É provável que a IA continue avançando e se tornando cada vez mais integrada a vários setores e aspectos da vida cotidiana. E certamente uma área na qual provavelmente terá impacto é no desenvolvimento de sistemas viários, veículos autônomos e serviços de compartilhamento que vão interagir com humanos de maneiras mais neurais, intuitivas e preditivas.
Incluindo o desenvolvimento de recursos de processamento de dados, robôs de atendimento humanizados e técnicas anti-fraude, além de cruzar milhões de informações de deslocamentos e momentos de consumo de mobilidade, como um deslocamento em evento programado, uma reunião de trabalho ou um exame de rotina onde todos os dados cruzados garantem o melhor modal e na melhor rota.
Até o ano de 2025, 50% das grandes empresas globais terão implantado plataformas orientadas por inteligências artificiais para operacionalizar serviços e melhorar experiências. Hoje esse número não passa de 10%, dado apontado em outubro de 2021 pela Gartner Cool Vendors in Enterprise AI Operationalization and Engineering.
Tendo cada vez mais ferramentas de controle de mobilidade integradas, dados com aprendizado de máquina (machine learning), será possível entender a mobilidade mais eficiente de cada cidade ou estado, para planejamento no mesmo nível de crescimento dos centros urbanos. Atualmente, os sensores e as câmeras instaladas pelas cidades proporcionam aos condutores e pedestres informações em tempo real sobre a situação do trânsito com o objetivo de favorecer uma mobilidade mais fluida.
Registros fornecidos por inteligência artificial relacionados ao clima e a outras adversidades também são uma realidade, o que resulta em uma maior integração de dados das vias, dos motoristas e dos veículos. Por isso, na medida em que a pressão sobre as cidades e o planeta aumenta, é fundamental prever condições futuras de congestionamentos, por exemplo.
Um estudo divulgado em 2019 pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), feito com base nos dados da PNAD/IBGE, aponta que o tempo perdido em deslocamentos impediu a economia de ganhar R$ 111 bilhões. O valor estimado considerou o deslocamento em 37 áreas metropolitanas do país.
Futuramente, podemos esperar também mudanças para uma gestão urbana mais sustentável e mais eficiente, que já está em processo de consolidação no mercado de elétricos e autônomos, a chegada do 5G e novas aplicações de IA em serviços.
Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2022, 49.245 unidades de automóveis híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos (BEV) foram vendidos no país. O que significa um aumento de 41% se comparado com o mesmo período do ano anterior, quando 34.990 carros haviam sido emplacados, conectados e com sistemas integrados que vão revolucionar o setor automotivo.
Fala sobre IA e ChatGPT dentro das operações é falar sobre cultura de dados e algoritmos, sobre ser ágil e eficiente. Hoje é obrigatório no papo de café um comentário sobre o impacto dessas tecnologias nos negócios. Não é algo que acontecerá da noite para o dia, assim com profissionais e competências vão começar a se adaptar a essa nova realidade aos poucos. As organizações precisam de uma estratégia de curto prazo que fortaleça ganhos rápidos e de alto impacto, permitindo uma cultura de IA.
Guilherme Cavalcante é CEO e fundador do app UCorp. O executivo tornou-se especialista em desenvolver modelos de negócios e produtos digitais com foco em mobilidade. Guilherme é formado em Tecnologia e Mídias Digitais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e possui pós-graduações em Design de Projetos Especiais (BAU-Barcelona) e Inteligência de mercado (Universidade de São Paulo – USP).
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