UX. Essa sigla anda bem importante para as startups, que contratam profissionais e consultores na busca pela melhora da experiência do usuário em seus produtos. Mas muita gente peca quando pensa só no aspecto do design e esquece que o conteúdo também faz parte do pacote de experiências que um serviço proporciona. Dá pra encontrar um equilíbrio e investir em interface e conteúdo?
O pessoal da ContaAzul diz que sim. A companhia anunciou que fez uma “tradução” do seu contrato de uso para o usuário final. “Ao invés de utilizar termos de difícil compreensão para a maior parte das pessoas, a partir do dia 15 de abril, a empresa coloca em seu site, além do original que é o que tem valor legal, o documento elaborado com uma linguagem de conhecimento do senso comum”, diz comunicado divulgado.
Sobre o assunto, conversei com João Zaratine, cofundador e chefe de marketing digital da ContaAzul, que afirmou que a companhia tentou trabalhar com metáforas para deixar o conteúdo mais fácil de ser entendido e procurou escrever o conteúdo de acordo com a linguagem do usuário –e não o juridiquês que vemos normalmente. “Para fazer isso, analisamos coisas como termos de busca que os usuários usam, chamados e e-mail que eles nos escrevem e assim por diante”, afirmou João.
Agora, o Contrato de Licença de Uso de Programa de Computador de Usuário Final passa a se chamar Termos que determinarão nossa relação.
João afirmou que a companhia decidiu investir no conteúdo porque “as pessoas confiam e ouvem quem tem autoridade e, na internet, essa autoridade se resume à criação de conteúdo”. “Com isso em mente, trabalhamos com conteúdo para tornar o ContaAzul uma referência no assunto gestão para micro e pequenas empresas, facilitando nosso processo de vendas”, conta o cofundador, sobre a estratégia.
Foto: Todd_Moy/Flickr (Acesse o original)