Virada de ano é um momento de reflexão, de avaliação e de decidir novos rumos para a nossa vida. Na cultura japonesa, usamos para isso uma ferramenta chamada Ikigai – o termo que significa nossa motivação para viver. Ele é representado por uma mandala, e é um método de autoconhecimento que aborda diferentes intersecções entre a vida pessoal e profissional.
A mandala é composta por: o que amo fazer; o que posso fazer bem; o que posso ser pago para fazer; e o que o mundo precisa. Na intersecção central das quatro noções, está o Ikigai. Ele é o entendimento de como podemos ser bem sucedidos profissionalmente respeitando nossas motivações pessoais e nossos talentos, tendo uma vida equilibrada.
Essa reflexão é fundamental para que possamos nos orientar e não fiquemos presos à correria do dia a dia. Sim, trabalhamos duro, mas temos propósito e sentimos prazer no que fazemos. E é justamente essa busca por propósito que deve permear todas as decisões de um líder para que ele não se perca e possa manter sua empresa no caminho certo.
Assim como sempre orientamos em mentorias de negócios: se apaixone pelo problema que quer resolver, não pela sua solução. O mesmo pode ser aplicado às nossas carreiras. Nossa paixão não pode estar centrada no acúmulo de riqueza, mas no serviço que prestamos ao mercado.
A pejotização que observamos no mercado de trabalho pode trazer inseguranças aos trabalhadores, mas também traz outra noção: a de liberdade. Daqui para frente, não mais devemos nos entender como funcionários de uma empresa, mas prestadores de serviço. Isso significa que não precisamos mais ficar presos a uma só empresa e podemos diversificar nossos clientes.
É fundamental acreditar no nosso taco – nosso potencial e competência. E demonstrar atitude, buscar diferentes capacitações para ampliar nossas possibilidades. Tendo uma visão mais sistêmica da nossa vida profissional, não vamos acordar às segundas-feiras com o desânimo de trabalhar para nosso empregador. Mas acordamos com o propósito e a motivação para fazer nossa vida acontecer.
Observando a nova geração de profissionais e mesmo nossos filhos, vejo que esse espírito empreendedor está cada vez mais presente em suas personalidades. Isso não significa ser fundador de uma empresa necessariamente, mas me refiro a traços de personalidade específicos: criatividade, resiliência, visão de longo prazo, senso de risco e de urgência, e a habilidade de sair da zona de conforto.
Também observo que esses são atributos cada vez mais buscados por empresas em seus colaboradores. Daqui para frente, não vai mais existir espaço no mercado de trabalho para quem não demonstra essas qualidades. Principalmente no ramo da inovação, no qual a realidade muda constantemente e é necessário jogo de cintura para acompanhar o mercado.
As novas gerações dificilmente precisarão de cursos de computação – já notou que as crianças nascem com os smartphones na mão? Elas já parecem nascer com um chip digital embutido.
Portanto, se você não identifica o espírito empreendedor na sua personalidade, é importante buscar formas de desenvolvê-lo. Encontre formas de desenvolver sua capacidade de liderança, criatividade e se acostume a sair da zona de conforto. Sua carreira e sua saúde mental vão agradecer.
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