Dia 28 de janeiro é comemorado o Dia Internacional da Proteção de Dados. A data foi escolhida por conta da abertura à assinatura da Convenção nº 108, do Conselho da Europa para a Proteção de Pessoas e criada para aumentar a conscientização sobre boas práticas no tratamento e proteção de dados pessoais. No Brasil, a Lei Geral de Proteçãode Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709/2018, foi sancionada em agosto de 2018 e entrou em vigor em setembro de 2020.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Privacidade e Proteção de Dados, realizada pelo Grupo DARYUS, consultoria e educação em gestão de riscos, cibersegurança, proteção de dados e segurança da informação, 80% das empresas no Brasil ainda não estão completamente adequadas à Lei. A pesquisa identificou também que a preocupação com os dados pessoais vem crescendo entre os usuários da internet.
A maioria já deixou de fazer alguma atividade por preocupações com dados pessoais (87%), como deixar de instalar aplicativos para celulares, navegar em alguma página da web por conta do phishing (roubo de dados pessoais online) ou realizar alguma compra online por receio de fraudes e golpes. O mau uso de dados pessoais ou corporativos pode prejudicar uma organização. Portanto é necessário tratar o tema e contar com uma equipe especializada para implementar ações de prevenção.
“Com a transformação digital nos últimos anos, houve um aumento de ataques de cibercriminosos, que utilizam engenharia social ou a disseminação de códigos maliciosos para manipular esses dados sensíveis. É importante conscientizar as pessoas, colaboradores e empresas sobre a importância de proteger dados e informações no ambiente digital”, ressalta Cláudio Dodt, sócio-gerente e líder de prática na área de cibersegurança da Daryus Consultoria.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no Brasil
A criação de uma legislação específica para controlar o uso de dados pessoais no Brasil segue uma tendência mundial de fortalecimento da proteção à privacidade e segurança digital. “Ainda assim, é preciso conscientizar a população não apenas sobre a importância do direito à privacidade e à segurança digital, mas também sobre as práticas pessoais e medidas preventivas de proteção de dados na internet e em redes sociais”, reforça Lucas Varela, CEO do Starlight.
E conclui: “Em um cenário onde a coleta e o armazenamento de dados tornaram-se ubíquos, o direito à privacidade e segurança de dados pessoais é mais crucial do que nunca. A proteção efetiva dos nossos dados pessoais não apenas resguarda os direitos individuais, mas também constrói confiança nas interações online e promove um ambiente seguro para a inovação”.
O especialista dá dicas para empresas e pessoas.
Dicas para a Proteção de Dados Pessoais:
Conscientização Pessoal: esteja ciente dos dados que você compartilha online, inclusive no conteúdo que você posta em redes sociais. Avalie regularmente as configurações de privacidade em suas contas para minimizar os dados coletados.
Use o bom senso: tenha cuidado com links e arquivos compartilhados com você em aplicativos de mensagem (como WhatsApp e Telegram) e e-mails, mesmo que sejam de uma pessoa confiável. Vírus e malwares colocam em risco seus dados pessoais guardados nos seus dispositivos.
Senhas fortes e atualizadas: Evite usar senhas repetidas e, se possível, altere-as periodicamente. Você pode usar combinações de letras, números e caracteres especiais, mas para senhas importantes ou que você usa com frequência, é melhor criar algo longo e memorável, como “Correto5-Cavalo3-Bateria1”.
Use um gerenciador de senhas: assim, você pode criar senhas aleatórias fortes e longas, e não precisa lembrá-las quando for usá-las. Há vários aplicativos de gerenciamento de senha seguros para Android, iOS, Windows e Linux, e dispositivos da Apple já vem com um gerenciador de senhas integrado.
Atualizações de Software: Mantenha o sistema operacional e aplicativos dos seus dispositivos sempre atualizados. As atualizações frequentes geralmente incluem correções de segurança cruciais.
Minimize a coleta de dados: ao criar contas online, forneça apenas as informações necessárias. Minimizar a quantidade de dados pessoais reduz os riscos de exposição.
Dicas para empresas:
Políticas de Privacidade Transparentes: Elabore políticas de privacidade claras e transparentes, informando os usuários sobre como seus dados serão coletados, utilizados, protegidos, e eventualmente descartados.
Minimize a coleta de dados: colete apenas os dados necessários para a operação da sua empresa e dos seus serviços. Dados desnecessários ou coletados erroneamente sem consentimento podem gerar problemas sérios em casos de vazamento.
Treinamento de funcionários: Proporcione treinamento regular aos funcionários sobre práticas seguras de armazenamento e manuseio de dados para evitar vazamentos acidentais.
Políticas de descarte de dados: crie políticas internas para o descarte periódico de dados antigos, que não tem mais utilidade ou que foram coletados sem necessidade. É mais seguro agregar dados e apagá-los posteriormente do que mantê-los indefinidamente.
Proteção de infraestrutura: Implemente medidas robustas de segurança da informação para proteger os dados armazenados e processados pela empresa.
Auditorias de segurança: Realize auditorias regulares para identificar possíveis vulnerabilidades e garantir a conformidade com as regulamentações de privacidade.
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