A EXT Capital, asset de Venture Capital, está completando seu primeiro ano de vida. A empresa, cofundada por Gabriel Sidi, ex-partner da DOMO Invest, surgiu como uma extensão natural do trabalho desenvolvido por ele no VC anterior. A história da EXT é marcada por uma visão ambiciosa: transformar o cenário de investimentos em startups no Brasil, profissionalizando desde o estágio inicial até as rodadas de investimento mais avançadas.
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“A EXT surgiu com o objetivo de criar e desenvolver mercados. A gente se vê integrando e conectando as startups ao mercado de capitais, e conseguimos fazer isso porque sabemos falar a língua das startups, temos um background do mercado financeiro que gera reputação do mercado”, diz Gabriel.
Ele destaca que a grande conquista da EXT será a consolidação do mercado de seed no Brasil. Hoje, a asset gerencia um fundo de R$ 250 milhões, destinado tanto para investimentos diretos em negócios quanto para aportes em outros fundos e atração de terceiros. Para isso, a EXT atua com diversas formas de investir. “É preciso parar de olhar o VC apenas como equity e pensar na possibilidade de um componente de dívida, também”, diz.
O Futuro da EXT Capital: do Seed ao IPO
A EXT atua de forma proativa na promoção de sindicalizações, unindo investidores e expandindo o ecossistema de startups. A estratégia inclui trazer investidores de crédito para oferecer suporte financeiro às startups, promovendo uma abordagem de round não dilutivo. Atualmente, a EXT tem um portfólio com 12 startups, e até o momento foram anunciados três aportes. O processo seletivo é rigoroso, com a equipe da EXT assumindo o “first loss”, demonstrando um compromisso sólido com os deals selecionados.
A EXT identifica os principais desafios enfrentados pelas startups ao saírem do estágio seed. Isso inclui a validação do pré-seed, a busca por formas de escalar no seed e a necessidade de governança e planejamento no estágio A. Gabriel Sidi destaca que para atrair o interesse da EXT, uma startup precisa compreender que a governança e o planejamento são valores essenciais. Além disso, a empresa tem focado em setores que demandam ativos, como fintechs e vertical banks.
“Nossa tese de investimento tem como um dos pilares suportar startups que sejam capazes de executar e entender a importância da governança e planejamento. Se isso não é um valor pra startup, dificilmente vou me atrair por ela ou ela por mim. Sobre setores, a gente olha bastante para fintechs, porque elas têm esse atributo de ter balanços separados do que é crédito e o que é a startup. A gente sempre gostou muito de trabalhar com startups de educação, então vamos continuar olhando para esse setor. Por último, uma tese em que estamos bastante interessados ultimamente é no setor de energia”, explica Gabriel.
A EXT tem um objetivo claro para os próximos 10 anos: levar startups do portfólio a realizar IPOs, independentemente do local. Com um fundo de R$ 250 milhões e um cheque mínimo de R$ 5 milhões, a EXT se concentra em investir em um número limitado de negócios, priorizando aquelas em estágios mais avançados. “Queremos trazer cada vez mais investidores para o ecossistema das startups, colocar esse mercado no mainstream, colocando cada vez mais capital na mesa para os empreendedores. Isso é um desafio pessoal do nosso time. Queremos estar presentes e gerar valor para as investidas”, completa.
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