* Por Fabiano Nagamatsu
É curioso, quando se trabalha com startups, o momento em que se nota o quanto elas são capazes de se espelhar no comportamento humano e nas demandas profissionais que são feitas pelo mercado. Tendências no mercado são tão volúveis para motivar pivotagens em startups quanto na busca de talentos por recrutadores.
Assim como repetimos o mantra “a ideia não vale nada, o que vale é a execução” em nossas mentorias de negócios, o mesmo se aplica às capacidades de profissionais na execução de suas tarefas. Hoje em dia, não contratamos pessoas a partir de seu conhecimento técnico e especializado, mas a partir de comportamento.
O profissional desejado atualmente é aquele versátil, capaz de compreender a amplitude das relações entre os fatores, competente para agir perante imprevistos, ágil, eficiente e com desenvoltura. Ou seja, é menos valioso um profissional especialista, que coleciona diplomas, do que alguém que saiba colocar o conhecimento em prática.
Essa é uma mudança que podemos observar nas grades curriculares de graduações e até mesmo nos nomes dos cursos. Até pouco tempo atrás, se prestava vestibular para administração de empresas com ênfase em marketing ou recursos humanos.
O aluno já concluía a graduação com uma especialização. Hoje, os cursos começam a oferecer conhecimentos multidisciplinares para que ele desenvolva a capacidade de analisar situações com uma perspectiva mais ampla.
Vejo que, ao passo que a tecnologia avança, também a acompanha a exigência do cliente com questões de criatividade. E essa tendência também é extremamente relevante em um colaborador, tanto em startups quanto em empresas tradicionais. O soft skill de saber como resolver problemas de forma criativa nunca foi tão valorizado.
Entenda: nada disso significa que o profissional pode ser raso. Ainda precisamos nos aprofundar no conhecimento sobre o trabalho que desempenhamos. No entanto, isso só não basta.
O valor está na associação do conhecimento com a aprendizagem vivencial. É como um MVP de uma startup: somente colocando em prática podemos saber se nossa ideia faz sentido e tem aderência no mercado. Da mesma forma, estamos falando de colocar seu conhecimento em prática, de aprender com o erro e saber lidar com ele de forma rápida.
Ou seja, para ser um profissional bem sucedido hoje em dia, é preciso aliar o conhecimento teórico à desenvoltura prática e o desenvolvimento de soft skills. Seja dinâmico, engajador, tenha habilidades, atitude e alta performance.
Fabiano Nagamatsu é cofundador da Osten Moove, aceleradora indicada no Startup Awards, Conselheiro na Osten Invest e Osten Games, e Alumni e mentor de negócios no InovAtiva Brasil.
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