A Bossanova Investimentos, venture capital mais ativa da América Latina, divulgou esta semana um estudo sobre o cenário global de capital de risco e as tendências para os próximos meses, especialmente no Brasil. Apesar de uma desaceleração dos investimentos em 2022 em comparação com o ano anterior, que foi um caso atípico, o capital de risco no Brasil impactou positivamente a economia ao impulsionar negócios inovadores. A perspectiva para o mercado de VC em 2023 é cautelosa, porém otimista.
Em 2021, empresas de base tecnológica de todos os setores, principalmente nas áreas de saúde, varejo e finanças, receberam investimentos expressivos em volumes nunca antes vistos no Brasil, com o objetivo de acelerar a digitalização. Os investimentos em capital de risco foram de US$ 347 bilhões em mais de 31 mil negociações em 2020, para o recorde de US$ 671 bilhões em mais de 36 mil negociações em 2021. Esse aumento notável foi observado tanto nas valorações das startups quanto na quantidade de investimentos realizados e no valor total investido.
As startups brasileiras receberam um total de US$ 9,4 bilhões em investimentos em 2021, alcançando um valor 2,5 vezes maior do que o investido em 2020. Desses investimentos, 63% foram direcionados para startups em estágios avançados naquele ano. No ano seguinte, os investimentos em startups avançadas representaram apenas 45% do total. “Os números de 2022 podem ser assustadores à primeira vista, mas é importante destacar que os investimentos em estágios iniciais no Brasil continuaram crescendo”, afirma Rodolfo Santos, diretor de Corporate Venture Capital (CVC) da Bossanova.
Para o futuro próximo, a previsão é de que a quantidade de M&As aumente, impulsionadas pela necessidade das grandes empresas de incorporar camadas de serviços digitais em seus negócios e resolver problemas de forma mais rápida e mais eficiente.
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