O Google admitiu em um documento enviado ao Ministro do STF, Alexandre de Moraes, ter gasto R$ 2,1 milhões em anúncios contra o projeto de lei das Fake News, que visa combater a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais. Segundo a empresa, a campanha durou uma semana, de 27 de abril a 2 de maio deste ano.
“Não há fundamento legal ou constitucional para proibir a compra e uso de anúncios para a divulgação de conteúdos lícitos relacionados a tema de interesse geral, sejam de elogio ou crítica”.Documento do Google enviado ao STF”, comentou a empresa a respeito das propagandas.
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O Google iniciou a campanha contrária ao PL nas véspera da votação da emenda, que seria no 2 de maio, mas que foi adiada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por tempo indeterminado. A votação foi interrompida por possuir forte resistência por parte que afirmam que o projeto vai de encontro à liberdade de expressão.
Principais investimentos em propaganda segundo o próprio Google:
Meta/Facebook (online): R$ 639.286,75
Folha de S.Paulo (jornal impresso): R$ 634.023,94
Correio Braziliense (jornal impresso): R$ 416.632,32
Spotify (online): R$ 198.234,02
CBN (rádio): R$ 56.544,38
O que é o PL 2630 e por que o Google é contra
A nova lei visa combater a disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e nos serviços de mensagens privados. Além disso, estabelece prisão de um a três anos e multa para quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens que contenham informações falsas e que possam comprometer a rigidez do processo eleitoral ou causar dano à integridade física.
No dia 27 de abril, o Google publicou o artigo “Como o PL 2630 pode piorar a sua internet”, assinado por Marcelo Lacerda, Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil. O conteúdo defende que o PL 2630 “acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”.
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