A Meta está trabalhando em um novo modelo de linguagem para ferramentas de inteligência artificial. Em um comunicado sobre o tema, a empresa revelou que usou a Bíblia e outros textos religiosos como base para o treinamento da tecnologia.
A inteligência artificial foi batizada de “Massively Multilingual Speech” (Discurso Multilíngue Massivo). O modelo será capaz de identificar mais de 4 mil línguas faladas diferentes, o que representa um avanço significativo em relação às tecnologias atualmente conhecidas na área, sendo cerca de 40 vezes mais abrangente, segundo a empresa.
A empresa também está trabalhando para que a IA seja usada para converter texto em fala e fala em texto. Com os textos usados pela Meta, como a Bíblia, foi possível expandir os idiomas disponíveis para essa funcionalidade de 100 para 1,1 mil.
De acordo com a Meta, um dos primeiros desafios enfrentados no treinamento da inteligência artificial foi encontrar conjuntos de dados que abrangessem uma maior diversidade de texto e áudio em diferentes idiomas. A empresa explica que os maiores conjuntos de dados existentes cobriam no máximo 100 línguas. Para superar essa limitação e incluir mais idiomas, a companhia optou por utilizar textos religiosos, incluindo a Bíblia.
“Para superar isso, nos voltamos para textos religiosos, como a Bíblia, que foram traduzidos em muitos idiomas diferentes e cujas traduções foram amplamente estudadas para pesquisa de tradução de linguagem baseada em texto”, afirma a empresa em nota.
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Preocupação da Meta com a diversidade
Em seu comunicado, a empresa também abordou preocupações potenciais relacionadas à diversidade na origem desses dados.
“Embora esses dados sejam de um domínio específico e geralmente sejam lidos por falantes do sexo masculino, nossa análise demonstra que nossos modelos funcionam igualmente bem para vozes masculinas e femininas. Além disso, embora o conteúdo das gravações de áudio seja religioso, nossa análise indica que isso não influencia o modelo a produzir uma linguagem com viés religioso”, ressalta a Meta.
A gigante das redes sociais também declarou sua intenção de expandir ainda mais o suporte de seu modelo de inteligência artificial para outros idiomas, focando agora na superação do desafio de incluir dialetos, que “frequentemente são difíceis de serem incorporados nas tecnologias de fala existentes”.
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