*Por Alexandre Maioral
Tudo começa com uma simples pergunta: se os seus liderados pudessem escolher o líder deles, você seria esse líder? Mais do que responder sim ou não, refletir com profundidade sobre ela abriu minha mente e me fez querer identificar com mais clareza as oportunidades que posso criar para melhorar.
Acredito que novos caminhos e soluções sempre partem de boas perguntas. Então, esta é a provocação central deste artigo: você, que é um líder, já parou pra pensar no seu jeito de liderar, ou se você inspira seus liderados?
Só o fato de refletir sobre isso já é um exercício que pode levar você para uma mudança de rota. No meu caso, esse questionamento acabou desencadeando novos: Como eu me coloco no lugar do liderado? Como faço pra compreender o que não compreendo? Como mudo meus vícios comportamentais?
São muitos os âmbitos que envolvem a discussão sobre liderança e a comunicação é um bom ponto de partida, já que é um dos grandes desafios para as empresas. Uma pesquisa da GPTW (2021) afirma, por exemplo, que as maiores queixas entre colaboradores é a falta de diálogo aberto, pelo medo de expor seus sentimentos para suas lideranças.
Indagações sobre a melhor maneira de liderar pessoas me acompanham o tempo todo e já antecipo que estou sempre aprendendo com os feedbacks que recebo, reativos ou proativos, com os que dou, tanto de forma estruturada, nas reuniões “one to one”, quanto nas conversas de corredores ou em oportunidades do dia a dia.
Ao longo da minha trajetória profissional recebi alguns feedbacks que foram imprescindíveis para meu crescimento e que me fizeram mudar a forma como resolvo problemas de negócios. Um desses aprendizados foi a capacidade de pensar na maneira como eu me comunico de acordo com o interlocutor. As pessoas e os grupos possuem necessidades diferentes. Quando se lidera muitos times, por exemplo, é comum ter perfis de performances diferentes entre eles, e por isso a forma precisa ser adaptada para cada um.
Também precisei assumir que não possuo todas as respostas, tampouco as melhores. Não existem super heróis e heroínas. Esse é um aprendizado valioso principalmente para quem viveu uma cultura corporativa ainda pautada pela hierarquia, medo e controle de anos atrás, – algo completamente ultrapassado para as empresas que trabalham para transformar o mundo em um lugar mais equilibrado, justo e humano.
Dois conceitos importantes de estudo para mim atualmente são: liderança humanizada e comunicação não violenta – ambos trazem elementos que contribuem para a construção de relações saudáveis e próximas no ambiente de trabalho e, dessa forma,
para melhores resultados nos negócios. Além de reforçarem que gentileza não é sinônimo de fraqueza.
Elenco quatro atitudes que me inspiram a continuar construindo lado a lado com meu time, como sócios e não concorrente, esse futuro que sonhamos juntos.
- Escuta ativa diante de outros pontos de vista a fim de buscar uma comunicação eficiente.
- Humildade para saber que você nunca sabe tudo, e que sempre terá aspectos a evoluir e aprender.
- Transparência para assumir que é humano, com dúvidas, problemas e vulnerabilidades.
- Coragem para mudar o status quo e incentivar que os outros também o façam, tendo a consciência da importância de todos para as próximas gerações.
Vamos nessa?!
* Alexandre Maioral é CEO da Oracle no Brasil, com mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia e inovação, Alexandre construiu sua carreira focada em desenvolver equipes de alta performance e estabelecer relações pautadas pela confiança entre colaboradores, parceiros e clientes.
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