A Microsoft demitiu uma equipe inteira de ética, responsabilidade e sustentabilidade de IA. Essa decisão faz parte de uma recente onda de demissões que afetou 10 mil colaboradores.
A eliminação da equipe ocorre quando a Microsoft investe mais bilhões de dólares em sua parceria com a OpenAI, a startup por trás dos sistemas de IA de geração de arte e texto, como ChatGPT e DALL-E 2, e renova seu mecanismo de pesquisa Bing e o navegador Edge.
A Microsoft ainda mantém seu Office of Responsible AI (ORA), que define regras para a IA responsável por meio de governança e trabalho de políticas públicas. Segundo o veículo Platformers, os funcionários disseram que a equipe de ética e sociedade era responsável por garantir que os princípios de IA da Microsoft fossem realmente refletidos no design dos produtos enviados. A equipe trabalhou recentemente para identificar os riscos apresentados pela integração da Microsoft da tecnologia OpenAI em seu conjunto de produtos.
Por que a Microsoft fez isso?
Os membros da equipe acreditam que foram demitidos porque a Microsoft havia se concentrado mais em enviar seus produtos de IA antes da concorrência e estava menos preocupada com o pensamento socialmente responsável de longo prazo, essa foi uma afirmação feita ao Platformer.
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Meta cortará colaboradores
A holding dona do Facebook, a Meta Platforms, também anunciou possíveis demissões. A empresa planeja demitir cerca de 10 mil colaboradores e fechar quase 5 mil vagas em busca da redução de despesas e melhoras na eficiência.
A companhia pretende tornar sua organização mais enxuta removendo várias camadas de gerenciamento, afirmou o CEO Mark Zuckerberg em um comunicado.
A meta havia demitido em novembro 13% da sua equipe, equivalente a 11 mil pessoas. Zuckerberg fala abertamente sobre a necessidade de priorizar novos projetos e investimentos, até chamou 2023 de “ano da eficiência” em uma conferência de resultados, afirma a Bloomberg Línea.
Y Combinator corta cheques
Ainda no setor de tecnologia, a Y Combinator informou que passará menos cheques para empresas em estágio avançado, o que resultou na demissão de 17 membros da equipe, cerca de 20% dos funcionários da aceleradora.
O CEO da YC, Garry Tan, escreveu que a aceleradora é amplamente focada em investimentos em estágio inicial e considerou o investimento em estágio avançado uma “distração de nossa missão principal”. “Não deve haver nenhum efeito perceptível nas empresas que financiamos ou na forma como interagimos com os ex-alunos, mas se alguma empresa ou ex-aluno tiver dúvidas, estou aqui e os parceiros do grupo YC estão aqui – como sempre, para ajudá-lo a fazer algo que as pessoas querem”, escreveu.
O CEO assegurou que a decisão não está relacionada com o a queda do Silicon Valley Bank. Tan está ativo nas redes sociais por conta dos acontecimentos do mercado. Ele disse que “este é um evento de nível de extinção para startups e irá atrasar startups e inovações em 10 anos ou mais. A big tech não se importará com isso. Eles têm dinheiro em outro lugar. Todas as pequenas startups, Google e Facebooks de amanhã, serão extintas se não encontrarmos uma solução”. Ele também escreveu uma petição pedindo ao Congresso que intervenha e apoie a comunidade empreendedora.
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