O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs apresentou crescimento de 1,1% em setembro de 2022 nas atividades financeiras das PMEs, na comparação com o mesmo mês de 2021. Já na análise direta com agosto, o índice recuou 3,9%.
O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de 637 atividades econômicas que compõem cinco grandes setores: Agropecuário, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
“O crescimento da movimentação financeira das PMEs do setor industrial nos últimos meses é sustentado pela retomada da demanda doméstica e pelo aumento da competitividade de alguns segmentos, em relação à similares importados”, explica Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem.
Em linhas gerais, os empreendedores devem enfrentar um cenário econômico desafiador, com incertezas internas e externas. Cada vez mais ficarão evidentes no desempenho da atividade econômica os efeitos da subida de juros promovida pelo Banco Central ao longo deste ano.
Ainda há espaço para que as PMEs brasileiras sigam em crescimento no próximo ano. A pequena queda na inflação no País e o ritmo de recuperação do mercado de trabalho (via retomada da ocupação e evolução dos rendimentos reais) são fatores fundamentais para sustentar o crescimento do consumo das famílias.
“Vale ressaltar que a redução da inflação deverá abrir espaço para reversão da trajetória das taxas de juros no segundo semestre de 2023 e, consequentemente, favorecer o acesso ao crédito. Com isso, os micros e pequenos empreendedores tendem a manter o crescimento dos negócios, ainda que inseridos em um contexto macroeconômico bastante complexo e repleto de incertezas”, finaliza Beraldi.