Artigo por Luan Gabellini*
A realização de um grande evento esportivo como a Copa do Mundo tem elevado a expectativa dos pequenos e médios empresários que pretendem faturar alto com a movimentação da economia antes, durante e depois do torneio. Mas apesar do otimismo, é preciso prudência para que o sonho não se transforme em pesadelo.
O impacto da Copa pode variar muito de acordo com a área de atuação da empresa e a proximidade dos jogos. Atualmente, por exemplo, existem grandes investimentos em estrutura que tem aquecido o mercado B2B (business to business). Durante o evento, no entanto, o cenário tende a ser otimista para varejistas e prestadores de serviços para o consumidor enquanto o outro modelo deverá apertar o cinto para enfrentar a escassez de oportunidades e fechamento de negócios.
O melhor conselho durante a realização dos jogos é organizar metas e estar preparado para as oscilações que podem ocorrer, seja um grande aumento ou a diminuição do fluxo.
O Brasil terá 12 sedes nos Jogos e elas estão ganhando não só estádios novos, mas também um upgrade na infraestrutura pública de transporte e mobilidade, segurança e até mesmo em programas sociais. A iniciativa privada também investiu nos mais diversos setores. Esses investimentos, aliados à melhoria da estrutura de uma maneira geral, podem significar também um cenário mais aquecido após os eventos.
Porém, vale ressaltar que a projeção dos especialistas para 2014 é um crescimento de meros 2%, mesmo com o torneio. É um número que reforça a recomendação de cautela nas projeções e investimentos planejados pelos empresários.
*Luan Gabellini é sócio fundador da BetaLabs, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas de gestão empresarial (ERP), e-commerce e softwares sob medida em cloud computing.
Foto: Chico Batata/ Agecom/ Portal da copa