* Por Gabriela Diuana
Como uma empresa de educação pode levar o seu conteúdo de forma relevante e para um número cada vez maior de pessoas? Como dar acesso à educação de qualidade por meio da tecnologia? Como ajudar professores a utilizar a tecnologia de forma eficiente dentro e fora das salas de aulas?
Esses são alguns dos desafios que fazem parte do dia a dia de uma empresa de educação, que tem a responsabilidade de contribuir para a formação de cidadãos e profissionais preparados para lidar com as constantes e dinâmicas transformações da sociedade moderna.
Não é de hoje que a transformação digital e a busca pela inovação se tornaram um mantra das organizações mais bem sucedidas. Mas é preciso considerar ao menos dois principais fatores para que a transformação digital seja algo verdadeiro e viável e as inovações, de fato, inovadoras: reconhecer que ninguém faz nada sozinho, buscando soluções externas e novas formas e modelos de negócio; e preparar os colaboradores para uma mudança cultural e comportamental no modo de agir e pensar.
O cenário de pandemia e isolamento social levou a mudanças significativas nas relações sociais e nos modelos de aprendizagem, deixando latente o papel essencial que a tecnologia pode desempenhar na educação. A conexão entre grandes empresas e startups, em busca de rápida implementação de soluções tecnológicas inovadoras, ganhou ainda mais impulso nesse cenário, reforçando a necessidade de se unir forças para integrar da melhor maneira possível a tecnologia no processo de aprendizagem de alunos e professores.
Aqui na Cogna, desenvolvemos soluções com startups no país. Ser sponsor do Cubo Itaú possibilita a conexão a um hub de edtechs que a auxiliam no desenvolvimento de soluções e novos produtos pautados pela inovação aberta na educação. São elas que ajudam a viabilizar projetos de aprendizado personalizado e ferramentais digitais gamificadas, entre outras iniciativas, oferecendo soluções do ensino básico ao ensino superior.
Considerando o ambiente interno das empresas, o mindset inovador deve ser implantado e praticado de forma transversal, aproximando o time de tecnologia das outras áreas de negócio e permitindo ganhos de agilidade em grande escala. Por isso, é essencial considerar investimento nas lideranças e colaboradores para que desenvolvam habilidades (capabilities) digitais, como design thinking e pensamento ágil, para que estejam preparados para lidar com esses desafios.
Na Cogna, por exemplo, são mais de 700 pessoas trabalhando em sinergia entre áreas de negócios e tecnologia por meio de 11 trens de desenvolvimento e implementação de projetos. Também foram criadas áreas que sustentam a mudança de agilidade como Customer Experience e Analytics, e a estruturação de uma nova arquitetura de negócios. Isso leva a busca por soluções de modo ágil e assertivo, como promover testes com pequenos grupos antes de implementar projetos que impactassem toda a corporação, o que tem aumentado a assertividade das soluções.
São exemplos e situações que ajudam na compreensão de que inovar pressupõe a conexão com o mundo, fazer com que as pessoas da organização interajam com quem tem uma visão externa dos problemas para buscar soluções diferentes.
Ser bem-sucedido no processo de transformação digital e inovação requer muito planejamento, estratégia, foco e resiliência. É preciso ter a convicção de que o ciclo de inovação não é algo que tem dia e hora para acabar. Mas os resultados são recompensadores e fazem valer a pena todo o ciclo de aprender, desaprender, reaprender, que requer o exercício constante da arte de sermos flexíveis, com a capacidade de nos reinventarmos a cada dia.
Gabriela Diuana, Diretora de Gente, Cultura e Inovação na Cogna Educação, empresa mantenedora do Cubo Itaú.