Esta semana o Startupi realizou a terceira edição virtual da mais importante imersão do ecossistema de inovação e startups: o Innvovation Tour. Com uma edição especial voltada à Indústria, o evento online reuniu executivos da Braskem, Ambev, Basf e Vale.
A imersão, que já acontece há três anos no Brasil de forma presencial, tem como objetivo fomentar o ecossistema de inovação e startups através de conexões reais. Além disso, durante o Innovation Tour os participantes são convidados a darem uma volta virtualmente para conhecer os bastidores das empresas e startups mais inovadoras do País.
Devido à pandemia o evento acontece online. Essa digitalização manteve o propósito do Startupi, que é conectar pessoas e gerar conhecimento, e trouxe um novo diferencial: a possibilidade de qualquer pessoa do mundo participar da imersão e se conectar com cada empresa anfitriã.
Na abertura do Innovation Tour Indústria, Geraldo Santos, diretor-geral do Startupi, falou sobre a disrupção na Indústria e a importância da inovação para o setor. Em um cenário onde muito se fala sobre inovação e conexão com startups, ele ressaltou o gap que existe entre a conexão simples encontrada em hubs e eventos e a real conexão que traz como resultado parcerias, novas soluções disruptivas e a geração de negócios de fato.
É esse o papel do Startupi, que além do pilar de conteúdo trabalha com outras duas frentes: Education e Matchmaking. A ideia, portanto, é apoiar médias e grandes empresas e realizar conexões com o ecossistema de inovação e startups possibilitando o ganho de cultura e o entendimento do que de fato é o mercado de startups.
Geraldo ainda destacou que todo o trabalho realizado neste sentido é pautado em estudos e pesquisas nacionais e internacionais. Como exemplo, ele citou alguns resultados da Gartner que nesses últimos 3 anos vem apontando a cultura como a principal barreira para a transformação digital.
Assim, para ele, é preciso que todos os colaboradores das empresas, incluindo todas as áreas e não somente tecnologia e inovação, adquiram cultura e entendam como funciona o mundo das startups para conseguir levá-las efetivamente para perto e gerar negócios.
Outro ponto destacado por ele foi a relação inovação versus dinheiro que são independentes entre eles. “Inovação precisa de colaboração, precisa de time, precisa de liderança, precisa de foco, precisa olhar para dentro de casa e enxergar: ‘Onde estão as minhas dores; ‘O que eu posso resolver com tecnologia’; ‘O que eu posso fazer em termos de processos que eu não estou fazendo hoje’ e buscar soluções’”, afirmou.
Por fim, Geraldo disse que o atual momento é propício para abandonar o ambiente de conforto e começar a planejar um 2021 extremamente inovador. Nesse sentido, pessoas com visão, foco, iniciativa, destemidas e ousadas saem na frente.
Inovação e sustentabilidade na Indústria
A Braskem, empresa brasileira do ramo petroquímico, produtora de resinas termoplásticas, foi uma das empresas anfitriãs dessa edição. Gabriela Kuchinski, responsável pelo Braskem Labs, Livia Tizzo, responsável pela área de Inovação Digital da Braskem, e Fábio Theodorovitz, analista senior de Inovação Digital na Braskem, foram os responsáveis por falar sobre os projetos de inovação da empresa.
Gabriela contou que o pilar-chave na Braskem é trabalhar inovação com sustentabilidade. Com isso, a corporação acredita na força de grandes transformações e o impacto positivo que seus produtos podem gerar na sociedade. “Mais do que fazer produto, acreditamos que o modo como fazemos as coisas é que faz a diferença nesse mundo”, afirmou.
A executiva contou que a empresa também pensa em inovação além do produto e que carrega o DNA da inovação também na forma de pensar ou de construir relações, seja com clientes, cadeia de valor ou sociedade como um todo. “Para isso, a gente entende que só tem uma forma de se fazer: que é em conjunto. Crescendo em harmonia com o meio ambiente e estando atento às transformações sociais que a gente tem passado cada vez mais”, contou.
Ainda sobre o pilar de sustentabilidade, Gabriela disse que existe uma política global dentro da empresa, baseada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que pauta todas as atividades e relacionamentos e todas as iniciativas focadas em três pilares: Processos e recursos sustentáveis; Portfólio de produtos sustentáveis e Soluções para a sociedade ter uma vida cada vez mais sustentável.
“Ou seja, a gente olha desde fonte da matéria-prima, para aplicações que a gente quer transformar com a indústria, até como ele se desdobra no dia a dia de quem consome os produtos da Braskem de forma geral”.
Já sobre inovação, ela revelou que a companhia tem grandes investimentos com foco em inovação. Dentre os números divulgados por ela estão: mais de 282 patentes concedidas, mais de 550 clientes apoiados por Inovação e Tecnologia em 2019 e R$ 367 milhões investidos em inovação.
Outra inciativa nesse sentido é o Braskem Labs, plataforma para apoiar startups com soluções inovadoras que usam química ou plástico para criar impacto positivo na sociedade e meio ambiente.
Fundado em 2015, o projeto oferece dois programas de aceleração: o Ignition, para negócios em estágio inicial e que buscam suporte para refinar; e o Scale, com focos em negócios em estágio de tração ou escala. Além de startups que ofereçam impacto positivo, o Braskem Labs também prioriza alguns segmentos-foco: Agronegócio; Infraestrutura e Construção; Biotecnologia; Saúde; Mobilidade; Química sustentável; e Embalagens.
Os programas de aceleração são realizados em parceria com a Quintessa e tem como co-sponsors Ambev, brf, Grupo Boticário e AkzoNobel. “Essas quatro empresas participam em conjunto de todo o processo: desde a seleção das startups até a parte da aceleração e da monitoria que acompanha todo esse processo”, explicou.
Após inscrição e seleção, as startups participam de uma aceleração que dura entre 3 e 4 meses. Gabriela contou que durante esse período, o projeto ainda oferece um processo customizado. “A gente sabe como as dores são diferentes, como os desafios são diferentes. Então a gente tenta se atentar ao máximo a isso para que o processo seja de fato proveitoso e que tenha resultados efetivos a todo mundo”, disse.
O projeto encerra-se com um Demo Day com a presença de investidores, especialistas do mercado e clientes Braskem. Ainda, em continuidade a relação que se iniciou, há uma etapa chamada de ‘pós-programa’. Gabriela contou que dentro da Braskem existem mentores que acompanham startups participantes do projeto há mais de 2 anos. “A gente faz questão de fomentar essa relação quando se ‘encerra’”.
Inovação digital
Além das iniciativas em inovação voltadas para P&D, a Braskem também possui um olhar voltado para transformação digital. A área, que é coordenado por Livia, visa preparar a empresa para lidar com cenários incertos e voláteis dessa nova realidade.
A empresa criou o Centro Digital, em 2018, para acelerar a transformação digital e desenvolver novas oportunidades de negócio e se tornar o catalisador da mudança. “Ou seja, não fomos criados para ser donos de iniciativas de transformação digital, nós fomos criados para acelerar tudo que existe e tudo o que conseguimos colocar nosso olhar estratégico para o que está acontecendo lá fora e estimulando a mudança internamente”, disse.
Ela contou também que a estratégia foi construída baseada em quatro princípios de design: Customer First (onde o usuário é colocado no centro), Value Focus, Data is Power e Build Digital Muscle. “A gente costuma dizer que digitalizar uma indústria petroquímica que tem plantas datadas de 1972 é uma construção de um músculo digital muito importante”, destacou.
Assim, para atender todas as expectativas, a Braskem aposta em tecnologias como RPA, IoT e analítica avançada. A área também é dividida em 6 setores: Inovação, Portfólio Digital, Change Management, Capacitação, Digital Factory e New Ventures.
Fabio complementa que a área de inovação da Braskem possui diversas formas de trabalhar com outras unidades de negócios, porém, independente da maneira que será feito esse trabalho ele deve ser equilibrando entre o olhar de fora para dentro e o de dentro para fora.
“Isso é muito importante porque a gente sempre tenta trazer aquele fator novidade – vamos chamar assim – tanto em termos de parceria quanto de soluções, mas a gente tem que estar muito atento também ao que é prioridade para as áreas de negócio, quais são as dores que realmente são mais latentes, que estão mais pegando para as áreas, o que é mais importante a gente trazer naquele momento”, ressaltou.
Falando sobre os sprints de inovação, ele contou que o processo inteiro dura, em média, 3 semanas. Seguindo o Design Think como metodologia, o passo inicial é olhar bem para o problema antes de começar a olhar para a solução.
No final, surge uma lista de iniciativas priorizadas em conjunto com steakehokders e outras pessoas envolvidas da área, que seguem para as esteiras de projetos. Nessa etapa, a governança deixa de ser da área de inovação e passa para as demais áreas como a de portfólio digital.
“A gente tem hoje um framework bem definido, com etapas que vão cada vez mais identificando e detalhando aquela iniciativa, o problema, quais os requisitos da solução, o recurso que a gente tem que entregar antes de chegar na etapa de MVP. Depois da etapa de MVP, dependendo do resultado, a gente tem a oportunidade de escalar para outras unidades dentro da companhia”, explicou.
Outro ponto destacado por ele é o olhar atento ao ecossistema externo e o relacionamento contínuo com ele. Essa atenção permite, por exemplo, que após a análise de maturidade, a área encontre parceiros com sinergia para avançar para uma parceria.
Para isso a companhia possui uma base de fornecedores com foco em soluções digitais, que é atualizada constantemente e pode ser alimentada por qualquer empresa no link. “A gente sempre busca essa conexão de buscar soluções novas, mas que de certa forma sejam relacionadas com as demandas que a gente está enxergando no momento”, concluiu.
Do campo ao copo
A Ambev, dedicada à produção de bebidas, também esteve presente. Marcos Medeiros, Community Manager da empresa, falou aos participantes sobre a importância do ecossistema de startups na construção de uma indústria mais digital.
Uma das iniciativas da Ambev voltadas para a inovação é o Ambev Tech for Startups. Marcos contou que um dos pilares para a construção desse projeto é a diversidade de gente. “Se a gente quer fazer inovação de verdade, primeiramente não dá para fazer sozinho, a gente tem que fazer junto, e a gente precisa usufruir dessa diversidade”, disse.
Olhando externamente e falando ainda sobre o contexto corporativo e essa relação entre comunidade e startups, Marcos citou outros exemplos de empresas que também atuam nesse sentido como o Itaú com o hub de inovação Cubo Itaú e a Samsung que possui, atualmente, prédios de inovação dentro de algumas universidades brasileiras.
Atualmente, a Ambev possui espaços voltados ao time de inovação em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Blumenau e Florianópolis. Para saber como o ecossistema de startups enxergava a empresa, principalmente fora dessas quatro regiões, a Ambev fez um trabalho quantitativo para entender quais eram os principais pontos de desejo que empreendedores tinham em relação à Ambev ou em relação a uma grande corporação trabalhando em sua cidade.
Após esse trabalho de pesquisa, a empresa começou os próximos passos. A primeira etapa para iniciar essa parceria foi a abertura de um canal de comunicação com startups para que essas pudessem entrar em contato com a corporação a fim de apresentar suas soluções e seus trabalhos.
Marcos ainda ressaltou que o interesse da empresa nessas startups independe da área de negócio em que atua. “A gente está vendo desde agro – quando a gente fala de cadeia de suprimentos – até o ponto final que é o cliente”. Ele ainda complementou: “Dá para fazer inovação do campo ao copo. Desde a colheita até o momento que a cerveja, a bebida, chega na mesa do consumidor”.
Seguindo a estratégia, foi criado também um programa de liderança onde a Ambev convidou pessoas ativas do ecossistema de diversos lugares do Brasil para que atuassem como ponte entre a companhia e as startups com o objetivo de estreitar essa relação e aumentar a capilaridade do projeto.
Inicialmente com 3 pessoas em Pernambuco, Amazonas e Minas Gerais, hoje o programa já está com 16 pessoas em 15 estados do Brasil. Marcos ressaltou que essa estrutura, portanto, permite acessos a soluções do País todo de forma igualitária e diversa.
Outra iniciativa da Ambev é a Aceleradora 100+, programa de aceleração com foco em soluções socioambientais. Aqui no Brasil, a iniciativa ainda é nova, mas, segundo Marcos, o País é um dos maiores em relação a aplicação de startups, superando até mesmo os Estados Unidos onde o projeto começou.
Por fim, ele realizou um tour virtual com os participantes para apresentar uma das sedes da empresa em São Paulo.
Conectando inovação para transformar negócios
A Basf, multinacional química de origem alemã, também tem apostado em inovação para impulsionar e transformar seus negócios. Como principal pilar entre essa conexão com startups e universidades, a companhia aposta no onono, Centro de Experiências Científicas e Digitais da BASF.
Mirella Lisboa, líder de Inovação Aberta no onono, contou que o espaço foi inaugurado no início de 2019 e tem como objetivo atrair pessoas externas para falar sobre inovação, transformação digital e para discutir a construção de novos projetos. “O nosso foco sempre é conectar o que tem de tecnologia no mercado e conectar a academia, as instituições de ensino, com as soluções que nossos clientes precisam”, explicou.
Ao identificar a necessidade de agregar a tecnologia aos seus processos como forma de resolver os problemas e desafios dos clientes de forma ágil, a companhia começou, há uns dois anos, a trabalhar na mudança de mindset e na formação cultural, inicialmente com a liderança “para entender que, de fato, fazer junto, construir junto com o cliente, além de trazer mais agilidade na evolução dos projetos, traz mais oportunidades”. Além disso, todos os projetos do onono integram os principais pilares da companhia: sucesso econômico, responsabilidade social e proteção ambiental.
De forma a atender os clientes em todos os processos, o onono é dividido em seis iniciativas: Central de startups, Speed dating, Plataforma de streaming, Over the top: plataforma customizada, Programa universidades e Workshop de cocriação. “O objetivo é conectar esses produtos para que a gente consiga transformar negócios”.
Victoria Vendramini, desenvolvedora de Marketing e Ecossistemas Digitais no onono, foi responsável por fazer o tour no espaço e mostrar onde cada iniciativa se desenvolve.
O aquário de cocriação possui televisões e um flip-chart que ajudam nas projeções dos projetos e brainstormings, por exemplo. Ela explicou que junto aos workshops de cocriação também é possível trabalhar a Central de startups. “Quando a gente realiza esses workshops, a gente consegue identificar oportunidades e desafios para os nossos clientes onde a gente consegue atuar e ajudá-los”, detalhou.
Assim, quando a Basf tem a solução é feito uma conexão com as áreas de negócio para trazer para a matéria-prima que possa ajudar o cliente naquele segmento. Do contrário, a empresa conecta-se com a Central de startups, plataforma criada em parceria com a AEVO com mais de 10 mil startups cadastradas.
O onono ainda conta com um espaço para eventos, tanto presenciais quanto online. Os visitantes têm acesso, inclusive, a gravação e edição de vídeos. Há também laboratórios com foco em produtos. Um deles, chamado de Home and Personal Care House, é usado para desenvolver novas ideias junto aos clientes e transformá-los em produtos. O Teste Ao Vivo! É um espaço onde é possível monitorar o desempenho sensorial dos produtos em tempo real.
Sobre o relacionamento das startups com a Basf, especificamente, Mirella explicou que a área de Inovação Digital é responsável por olhar as tendências de mercado criadas por startups e fazer uma análise do que é possível levar para dentro de casa para otimizar os processos da companhia. Nesse sentido, a área está sempre atenta à Central de Startups.
No onono, Mirella contou que não há nenhum programa de aceleração, mas o Centro trabalha com um formato chamado de cliente-anjo. Ou seja, quando existe um desafio é feito um aporte, de verba pequena, para auxiliar a startup no desenvolvimento do produto ou serviço solicitado.
A visita e utilização dos serviços oferecidos pelo onono é feito de forma gratuita. Os interessados em passar pela experiência podem realizar o agendamento pelo link.
Jornada da Inovação
A Vale, mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país, também marcou presença no Innovation Tour Indústria. Alexandre Mosquim, líder de Inovação Aberta na Vale, e Gabriela Neiusa, especialista em Inovação Aberta na Vale, compartilharam com os participantes a jornada de inovação da empresa desde sua fundação até agora.
Para o executivo, atualmente, todas as grandes corporações têm o sonho de se conectar com o ecossistema como um todo, incluindo startups, universidades e centros de pesquisa, para incorporar à corporação um DNA inovador.
Na visão dele, é como se essas grandes empresas se sentissem como um dinossauro, o que para Alexandre não é real já que todas essas companhias nasceram de um grupo de empreendedores, que não tinham nada, e que começaram a fazer coisas incríveis e trazer inovações para o segmento de atuação.
“O que as organizações precisam perceber é que na verdade elas têm esse DNA empreendedor, elas têm esse DNA inovador e elas conseguem criar células que são capazes de operar essas inovações. Então, as organizações não são dinossauros, elas são unicornossauros, a gente brinca. Porque elas são gigantes como dinossauros, pesadas como dinossauros, antigas como dinossauros, mas elas têm sim esse DNA empreendedor e inovador”, explicou.
Para ilustrar esse pensamento e mostrar que a inovação está presente na Vale desde a sua fundação, Alexandre compartilhou alguns momentos importantes da companhia nesse sentido desde a sua fundação em 1942, entre eles: Inauguração do Centro de Processamento de Dados no Ed. Fábio Ruschi em Vitória/ES em 1964 e o uso de Mainframe IBM 1401 (Memória 12k) em 1965 e a evolução dessa tecnologia para IBM 360 (Memória 64k) em 1968, memória de 128k em 1978 e o acompanhamento dos lançamentos tecnológicos nos anos seguintes. Além disso, em 1969, a corporação inaugurou a primeira usina de pelotização e em 1972 a primeira planta industrial de tratamento de ministério de larga escala da Vale.
Voltando ao presente, Alexandre contou que atualmente a companhia possui diversas estruturas que operam inovação com startups, universidades, centros de tecnologia e até apoio de fornecedores, sendo cada área responsável por construir sua forma de operar e fazer a conexão aparecer.
O Digital Lab (focado em prototipação de software) e o OT Lab (focado em hardware e IoT) são algumas dessas estruturas de inovação que ficam disponíveis para todos os colaboradores. “Qualquer profissional da Vale pode trazer uma hipótese para ser validada e ser desenvolvida, pelo menos a nível de protótipo, para depois a gente, com essa validação, buscar algum ator do ecossistema (seja startup, universidades, centros de tecnologia – ou até grandes fornecedores) que estejam dispostos a desenvolver essa solução já com o nível de maturidade maior”.
Ainda existe um “repositório de problemas” em que as áreas colocam suas necessidades e potenciais soluções que passam por um funil de análises e que é analisado internamente para saber qual o direcionamento que deve ser dado: Digital Lab, OT Lab, User Empowerment, entre outros componentes internos, ou se será acionado agentes externos. Nesse sentido, ele ressaltou “buscar aquela necessidade específica com fornecedores do mercado que já têm produtos de prateleira é algo muito importante”. Isso para evitar, por exemplo, que tempo e energia sejam gastos em coisas que já existem.
Por fim, Alexandre também falou que é importante dar espaço para startups validarem suas hipóteses. Segundo ele, uma startup com potencial, entre US$ 1 milhão e um ambiente industrial, vai debruçar nessa segunda oportunidade, validar sua hipótese e vai conseguir faturar acima do que US$ 1 milhão.
Assim como a Basf, a Vale também trabalha com cliente-anjo. “A gente tem essa relação de cliente-anjo com as startups, com todo o cuidado mesmo, sendo cliente-anjo mesmo. Levando a sério a parte do anjo e oferecendo mentoria e apoio para que ela cresça”, explicou.
“Uma das formas mais poderosas de se tornar atraente para o ecossistema é oferecer de forma aberta e transparente para as startups que tenham soluções que realmente sejam coerentes que façam sentido para a organização, oportunidades para que possam testarem e validarem suas hipóteses dentro da organização”, concluiu.
Após essa imersão no ecossistema de inovação com foco em Indústria, o Startupi tem mais um convite para você: de 10 a 13 de novembro acontece a edição global e online do Startupi Innovation Week, semana de Inovação internacional que reúne os melhores talentos das comunidades mais avançadas em inovação, dentro e fora do Brasil.
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A Semana de Inovação internacional tem o propósito de proporcionar aos participantes grandes insigts para seus negócios, além de levá-los a um novo patamar em conhecimento atualizado sobre tudo que acontece de mais inovador fora do Brasil e do Silicon Valley, destacando, nessa edição ISRAEL, CANADÁ, ALEMANHA e BRASIL.
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