* Por Murilo Borrelli
E-commerce pode ser a grande virada para muitas marcas superarem a crise criada pela pandemia, mas sem um plano de marketing digital baseado em dados será só mais um dentre os milhares que surgiram. Os números confirmam essa competição, segundo estudo sobre e-commerce do país elaborado semestralmente pela Ebit – Nielsen, o pico de compras online aconteceu entre abril e junho.
Naquele momento, o faturamento e a quantidade de pedidos apresentaram uma alta de 70% em comparação com o mesmo período de 2019. Diante desse cenário inesperado, as empresas precisam trabalhar bem para superar a concorrência das plataformas de vendas online.
Uma pesquisa realizada pela Minsait, divisão de negócios da espanhola Indra revelou que em 2019 mais de 60% dos consumidores não se sentiam seguros em usar os comércios eletrônicos. Com o isolamento social, as pessoas perderam o medo de comprar pela internet. E, mesmo após a pandemia, tudo indica que essa tendência vai perdurar também com novas atualizações para os usuários.
Para contornar a concorrência dessas lojas virtuais que vêm conquistando cada vez mais o mercado é indispensável trabalhar um bom planejamento com estratégias de marketing digital data-driven. Agrupar informações das redes sociais dos clientes e leads com plataformas analytics é o que trará o diferencial competitivo para a marca.
O planejamento data-driven, com o uso de plataformas de Big Data Analytics, foca no que realmente interessa e aumenta o retorno sobre investimento em até 20%. A soma do processo criativo com essa tecnologia é o caminho para reduzir gastos com anúncios, alcançar precisão e melhorar o desempenho da campanha. Com isso, é possível antever tendências de mercado, preferências do público-alvo, padrões comportamentais e, então, oferecer conteúdo e soluções relevantes para o que os consumidores buscam.
No entanto, tem que ter cautela, pois se a empresa tem acesso a dados, o concorrente também pode ter. Por isso, quem possuir um planejamento mais assertivo e a melhor estratégia irá se destacar no mercado.
Mesmo o e-commerce sendo diferente de loja online, pois esta última é apenas um site próprio e o outro engloba vendas em marketplaces, whatsapp, redes sociais e demais canais digitais para chegar até o cliente, em ambos é preciso ter estratégias, assim como pensar em quais plataformas os produtos e serviços devem ser divulgados.
No Facebook Marketplace com uma conta pessoal já é possível cadastrar os itens para venda; no Instagram Shopping o perfil de vendas consegue incluir links dos produtos sobre as imagens para o site; e pelo WhatsApp Business é permitido divulgar o link nas suas redes sociais para atrair o cliente para uma conversa privada e fazer a negociação.
* Murilo Borrelli, CEO da ROI Mine, agência de data driven marketing, é mercadólogo pela Universidade Anhembi Morumbi e cursa Master em Marketing e Comunicação Digital na ESPM.