* Por Marcos Trinca
Cada vez mais a transformação digital vem impactando positivamente a vida das pessoas e isso não dá para negar. Recentemente, acompanhamos uma mudança brusca no comportamento de compra devido a pandemia de covid-19 e o isolamento social. As plataformas digitais ganharam evidência durante esse período por serem a ferramenta mais prática e cômoda para atender as necessidades da população.
Com esse novo cenário, o segmento varejista teve que se reinventar para conseguir continuar lucrando e uma das alternativas foi apostar em diferentes formatos para engajar os consumidores e proporcionar mais interatividade entre as marcas e os clientes.
Para se ter uma ideia, muitas empresas passaram a investir em tecnologias imersivas (Realidade Aumentada e Virtual) para aumentar a conversão das vendas. Essa mudança de mindset é extremamente benéfica para os negócios, já que permite que o consumidor visualize os produtos de forma super realista, com uma aproximação e presença quase que física, proporcionando uma experiência de compra diferenciada.
Um levantamento realizado pela ReportsnReports, consultoria de pesquisas de mercado, aponta que a alta procura por soluções de Realidade Aumentada (AR) e de Realidade Virtual (VR) nos setores de varejo, saúde, construção e jogos, irá impulsionar o crescimento pelas tecnologias imersivas nos próximos anos. O relatório ainda mostra que até 2023 a expectativa é que os segmentos de AR e VR atinjam R$ 247 bilhões e R$ 139 bilhões, respectivamente.
Esse cenário só reforça o que venho comentando há algum tempo: que as empresas estão cada vez mais dispostas a implementar a transformação digital em seus negócios como forma de melhorar sua representatividade em seu mercado de atuação. A meu ver, a tendência daqui para frente é oferecer muito mais que um produto ao cliente, mas sim uma experiência inovadora na hora de realizar uma compra e um atendimento mais personalizado, rompendo barreiras, diminuindo a fricção e proporcionando mais proximidade entre marca, produto e consumidor.
Por fim, acredito que as empresas que, de fato, conseguirem olhar para a Realidade Aumentada e Virtual como soluções estratégicas, ganharão cada vez mais notoriedade, se posicionando à frente da concorrência, podendo até se tornar referência e conquistar um público ainda maior.
* Marcos Trinca é Head de XR da More Than Real, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de experiências e soluções de Realidade Aumentada.