* Por Raphael Machioni
Não há dúvidas de que a reputação e a imagem são fundamentais para o sucesso de qualquer empresa atualmente. O bom posicionamento de uma marca perante seus consumidores, o mercado e os demais stakeholders diminuem os riscos de uma crise e alavancam os resultados financeiros a curto, médio e longo prazo quando bem trabalhados.
Entretanto, surgiu nos últimos anos um novo conceito de imagem corporativa que precisa ser levado em conta pelos empresários e líderes: o employer branding, que é formado justamente pelos próprios colaboradores e profissionais que, eventualmente, podem trabalhar no local. É uma situação que a transformação digital focada na personalização da experiência do profissional consegue resolver.
Em uma tradução livre, employer branding significa “marca do empregador”. Em outras palavras, é a estratégia que cada empresa utiliza para fomentar uma imagem positiva em relação aos próprios colaboradores e ao mercado de trabalho, posicionando-se como uma organização que respeita e valoriza seus funcionários. O objetivo é simples: mostrar que é uma ótima opção para a carreira das pessoas, retendo os melhores talentos que já existem em seu quadro e, principalmente, atraindo novos profissionais para crescer e se destacar da concorrência em seu segmento.
A questão é que isso não é uma tarefa simples, principalmente em um cenário de intensa competitividade entre as corporações (inclusive de diferentes setores) na busca pelos melhores profissionais. A boa notícia é que a tecnologia é uma aliada importante na consolidação desse conceito no dia a dia corporativo. A proposta de transformação digital, por exemplo, vai além da implementação de ferramentas e soluções no cotidiano da empresa. Na verdade, trata-se justamente da otimização de processos internos para valorizar as tarefas do empregado, aumentando sua produtividade e satisfação.
Não é exagero dizer que o colaborador é um dos principais pilares para o sucesso de qualquer negócio – e hoje ele sabe muito bem a importância que tem dentro da organização. Com o conhecimento adquirido, ele espera ser valorizado na empresa onde trabalha. Caso contrário, não tem mais medo de sair e encontrar um cargo nas condições que lhe satisfaçam. Por muito tempo, bastava oferecer aumento de salário para agradá-lo e garantir sua permanência. Agora, ele busca uma experiência personalizada em seu local de trabalho e deseja ser valorizado com vantagens que atendem a seu gosto e perfil dentro – e fora – de sua vida profissional.
É neste ponto que a transformação digital converge com a proposta de employer branding. A empresa pode adotar soluções que otimizam a oferta de benefícios ao seu colaborador, permitindo que ele tenha liberdade e flexibilidade para usar esses recursos da forma que preferir. Com uma única plataforma, o colaborador tem uma ampla rede à disposição, como restaurantes, supermercados, saúde mental e academias para praticar atividades físicas e ter uma vida mais saudável fora do escritório. Dessa forma, ao poder escolher o que fazer com os benefícios, frutos de seu trabalho, ele sente que a empresa respeita suas decisões e está antenada a seus desejos e necessidades.
Se já há consenso sobre a necessidade de melhorar a visão e a experiência dos consumidores para alavancar as vendas, é natural, portanto, imaginar que a mesma situação aconteceria com os funcionários cedo ou tarde. No ambiente organizacional, eles desempenham um papel de extrema importância, permitindo que a empresa possa competir e crescer em seus segmentos. Assim, nada mais justo do que valorizá-los, respeitando seus diferentes perfis e oferecendo liberdade para que possam satisfazer suas vontades e, assim, ficarem plenamente focados em seus afazeres do dia a dia.
* Raphael Machioni é sócio-fundador da Vee.